Real Madrid 2-3 Barcelona: reacções e análise
segunda-feira, 24 de abril de 2017
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"Não ficámos afectados nem nos estamos a afundar," garantiu Zinédine Zidane após a derrota por 3-2 ante o Barcelona que tirou o Real Madrid do topo da Liga espanhola: olhamos para o que siginificou.
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Lionel Messi bisou no Santiago Bernabéu e o Barcelona conseguiu uma épica vitória, por 3-2, em casa do Real Madrid, este domingo, de forma a manter-se bem na luta pelo título de campeão na Liga espanhola. O UEFA.com analisa o jogo, traz-lhe todas as reacções a avalia as consequências do resultado.
Messi volta a deixar marca
O astro argentino, melhor marcador de sempre do "Clásico", não festejava um golo ao Real Madrid desde 2014, mas escolheu o momento perfeito para voltar a vergar os madrilenos. Começou por furar por entre a defesa "merengue" para restabelecer a igualdade na partida, após Casemiro ter inaugurado o marcador e, depois, na última jogada do encontro, rematou de forma irrepreensível após passe atrasado de Jordi Alba, garantindo o triunfo com o seu mágico golo 500 pelo Barcelona, o 23º contra o Real Madrid.
"Messi consegue fazer a diferença mesmo quando está em casa a jantar," exultou Luis Enrique. Gerard Piqué acrescentou: "Uma vez mais, o melhor jogador do mundo de todos os tempos chegou aqui e ofereceu-nos uma grande exibição, um grande espectáculo."
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A vez do Barça marcar no fim
Sergio Ramos tinha estragado a festa ao Barcelona no último "Clásico", em Dezembro, ao garantir ao Real Madrid um empate 1-1 em Camp Nou com um golo ao minuto 90. E muitos terão pensado que a história parecia destinada a não ser muito diferente desta feita, com James Rodríguez a marcar aos 86 minutos para o Real, para colocar o resultado em 2-2.
Porém, seis minutos mais tarde, o Real viu o feitiço virar-se contra o feiticeiro e, ao mesmo tempo, a sua vantagem de três pontos no topo da Liga espanhola desvanecer-se, fruto do brilhante remate saído do pé esquerdo de Messi. "De certa forma, fizemo-los provar um pouco do seu próprio veneno," destacou Luis Enrique. "E assim tem um sabor especial para nós."
Corrida ao título ao rubro até ao fim
Barcelona e Real seguem agora empatados com 75 pontos no topo da tabela, mas com vantagem para os "blaugrana" no confronto directo entre as duas equipas.
O Real Madrid, contudo, tem um jogo em atraso – um encontro com o Celta Vigo, reagendado para Maio – e depende só de si para conquistar o título de campeão que lhe foge desde 2012, podendo dar-se ao luxo de empatar um dos jogos que lhe falta disputar até ao final da época na Liga espanhola se vencer todos os outros. Porém, o calendário dos "merengues" não parece nada fácil: quatro deslocações e jogos em casa contra Valência e Sevilha, as outras duas equipas que, para além do Barça, derrotaram o Real Madrid na prova esta temporada.
A formação de Zinédine Zidane tem ainda de dividir atenções com o embate das meias-finais da UEFA Champions League com o Atlético, o que significa que até ao final da presente edição da Liga espanhola vai ter de disputar mais nove jogos, contra apenas seis do Barcelona. A equipa de Luis Enrique, ainda assim, também terá alguns encontros complicados pela frente: uma longa viagem até ao terreno do Las Palmas e um derby catalão em casa do Espanhol, para além de sempre complicadas recepções a Villarreal e Eibar.
Real Madrid abatido, mas longe de estar derrubado
O Real Madrid não se sagra campeão espanhola há cinco anos, mas teria ficado com a meta à vista em caso de vitória sobre o Barcelona neste domingo. A derrota sofrida constitui um duro golpe, mas certamente não um golpe devastador.
"É um resultado duro, pois podíamos ter deixado a questão praticamente arrumada," reconheceu Ramos, que foi expulso à passagem do minuto 77. "Não conseguimos o resultado que pretendíamos, mas a vantagem continua a estar do nosso lado. Continuamos a depender só de nós e estou certo de que vamos acabar por vencer a Liga."
Zidane também reconheceu que os "merengues" terão agora uma dura batalha pela frente na luta pelo título, mas garantiu que continua a acreditar que será a sua equipa a sorrir no fim. "Não ficámos afectados nem nos estamos a afundar," assegurou. "A luta pelo título vai ser muito apertada até ao fim e vamos ter de dar tudo até ao fim, mas acredito nos meus jogadores e vamos conseguir atingir os nossos objectivos."