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Alicerces da fama: Celtic

O Celtic assegurou o seu sexto título de campeão escocês consecutivo e o UEFA.com percorre a história e feitos deste emblemático clube de Glasgow.

Moussa Dembélé celebra um golo na UEFA Champions League pelo Celtic
Moussa Dembélé celebra um golo na UEFA Champions League pelo Celtic ©Getty Images

O Celtic será um dos primeiros nomes a figurar nos sorteios das primeiras pré-eliminatórias da UEFA Champions League da próxima época, depois de ter carimbado a conquista do seu sexto título de campeão escocês consecutivo com um triunfo por 5-0 ante o Hearts. Fique a saber mais sobre o clube de Glasgow.

Fundação: 1887
Alcunhas: The Hoops, the Bhoys
Palmarés nas competições de clubes da UEFA
• Taça dos Campeões Europeus: 1 (1967)

Palmarés interno (triunfo mais recente entre parêntesis)
• Campeonatos: 48 (2017)
• Taças da Escócia: 36 (2013)

• Foi fundado por um pastor católico-romano. No seguimento da chegada de um grande fluxo de trabalhadores irlandeses, o Irmão Walfrid sentiu que era necessário encontrar uma forma de integração social desses trabalhadores junto da comunidade de Glasgow e viu na criação de um clube de futebol a melhor forma de os unir.

• A solidariedade permanece bem no coração do clube, através da Celtic Foundation, que actua quer na Escócia, quer no estrangeiro. O lema foi estabelecido na reunião que levou ao nascimento do clube, em Setembro de 1887, quando o Irmão Walfrid afirmou: "Formaremos um clube de futebol que ajudará a manter comida nas mesas para as crianças e para os desempregados."

O Celtic foi a primeira equipa britânica a sagrar-se campeã europeia de clubes. Foi há precisamente 50 anos, em 1967, que os "Leões de Lisboa" bateram por 2-1 o Inter na final da Taça dos Campeões, disputada no Estádio Nacional. Curiosamente, apenas um dos 15 jogadores que compunham a equipa às ordens de Jock Stein não nascera num raio de 15 quilómetros de distância do Celtic Park.

• Os Hoops ou Bhoys (esta última uma alcunha que deriva do nome que os imigrantes irlandeses em Glasgow costumavam dar a si mesmos) contam com muitos adeptos célebres. O mais famoso de todos será o cantor Rod Stewart, que chegou mesmo a chorar de emoção quando viu o Celtic bater o Barcelona por 2-1 em Novembro de 2012.

Celtic Park on a UEFA Champions League night
Celtic Park on a UEFA Champions League night©Getty Images

• A atmosfera vivida em Celtic Park nos jogos da UEFA Champions League encanta qualquer um. Lionel Messi disse, certa vez: "Já tive a felicidade de jogar em muitos estádios por essa Europa fora, mas nada se compara ao do Celtic." Cristiano Ronaldo acrescentou: "Os adeptos do Celtic são incríveis. É sempre fantástico jogar lá."

• Brendan Rodgers levou o Celtic ao título na sua primeira época ao leme do clube e, com uma série de 37 jogos consecutivos sem perder, fixou um novo máximo de invencibilidade numa só época na Escócia. Há contudo, ainda, um longo caminho a percorrer para igualar o recorde de 62 jogos sem perder, fixado entre 1915 e 1917.

Current Celtic boss Brendan Rodgers
Current Celtic boss Brendan Rodgers©Getty Images

• O Celtic somou o seu sexto título consecutivo de campeão da Escócia. Número impressionante, mas os "Leões de Lisboa" de Stein fizeram melhor, vencendo nove títulos seguidos (de 1965/66 a 1973/74).

• Os Hoops lutam ainda pela conquista da quarta "tripla" interna da sua história. Com a Taça da Liga e o título de campeão já garantidos esta época, falta vencer a Taça da Escócia para que Rodgers replique os feitos de Stein (1966/67 e 1968/69) e Martin O'Neill (2000/01).

• O Celtic tem olho para bons negócios. O seu melhor marcador desta época, Moussa Dembélé, foi contratado no Verão passado ao Fulham por apenas 600 mil euros, a fazer lembrar outras pechinchas do passado, como Henrik Larsson (contratado por cerca de 750 mil euros ao Feyenoord) ou Lubomír Moravčík (contratado por 350 mil euros ao Duisburgo).

Jimmy 'Jinky' Johnstone in full effect
Jimmy 'Jinky' Johnstone in full effect©Getty Images

• O maior herói da história do clube é Jimmy Johnstone, conhecido como "a pulga voadora". Johnstone aprimorou a sua técnica individual driblando por entre garrafas de leite em criança e a sua habilidade era tal que, no jogo de despedida de Alfredo Di Stéfano, em 1967, despoletou gritos de "olé" entre os adeptos presentes no Bernebéu. Comparável ao seu talento, só o medo de andar de avião: certa vez, Stein disse-lhe, num jogo com o Estrela Vermelha, que não teria de viajar para o jogo da segunda mão, em Belgrado, se o Celtic ganhasse confortavelmente. Johnstone marcou dois golos e fez a assistência para mais dois num claro triunfo por 5-1...