Recuperações notáveis na segunda mão
quinta-feira, 9 de março de 2017
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O Barcelona tornou-se na quarta equipa na história das competições da UEFA a conseguir anular uma desvantagem de quatro golos numa eliminatória. O UEFA.com recorda as maiores recuperações de sempre na Europa.
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O Barcelona tornou-se na quarta equipa na história das competições da UEFA a conseguir anular uma desvantagem de quatro golos numa eliminatória. O UEFA.com recorda as maiores recuperações de sempre na Europa.
- Recuperações de quatro golos de desvantagem nas provas de clubes da UEFA
La Chaux-de-Fonds 6-2 Leixões
Leixões 5-0 La Chaux-de-Fonds
1961/62 primeira eliminatória da Taça dos Vencedores das Taças
O Leixões vinha de um feito memorável, ao ter batido o vizinho FC Porto por 2-0 na final da Taça de Portugal de 1961, e conseguiu nova proeza naquela que foi a sua estreia europeia, na Taça das Taças. A formação então orientada por Filpo Núñez viu-se derrotada por 6-2 na primeira mão da primeira eliminatória, no terreno do La Chaux-de-Fonds, mas arrasou depois por completo a equipa suíça no velhinho Campo de Santana. Osvaldo Silva colocou o resultado em 2-0 ao intervalo e Oliveirinha – que tinha bisado na primeira mão – marcou por duas vezes na segunda parte, com Vandinho a assinar o outro golo, pelo meio. O Leixões foi, até ao triunfo do Barça ante o Paris, em 2017, a única equipa a ter virado uma desvantagem de quatro golos trazida da primeira mão de uma eliminatória europeia sem precisar de recorrer à regra dos golos fora.
Queens Park Rangers 6-2 Partizan
Partizan 4-0 Queens Park Rangers
1984/85 segunda eliminatória da Taça UEFA
O Partizan tinha sido goleado em Highbury, o estádio do Arsenal onde o QPR disputava os jogos europeus devido ao relvado artificial que tinha em Loftus Road, pelo que a equipa de Alan Mullery parecia ir a Belgrado apenas para cumprir calendário. No entanto, os golos de Dragan Mance, Dragan Kaličanin, Miodrag Ješić e Zvonko Živković permitiram a reviravolta na eliminatória. "Fomos massacrados", recordou Gary Waddock, médio do QPR. "Pensávamos que tínhamos uma vantagem suficiente para passar, preparámo-nos bem, mas o resultado mostra o que pode acontecer quando se entra mal na segunda mão de uma eliminatória europeia".
Borussia Mönchengladbach 5-1 Real Madrid
Real Madrid 4-0 Borussia Mönchengladbach
1985/86 terceira eliminatória da Taça UEFA
O Real Madrid começou por ser goleado pelo Gladbach, que era treinado por Jupp Heynckes, futuro treinador dos “merengues”, mas Jorge Valdano marcou dois golos nos primeiros 17 minutos da segunda mão e levou a equipa de Luis Molowny a acreditar. Santillana também bisou e consumou uma recuperação sensacional, numa época que seria coroada pelo triunfo sobre o Colónia na final."Fui internacional espanhol, joguei em dois Campeonatos do Mundo, ganhei muitos troféus com o Real Madrid, mas esta recuperação foi o momento mais feliz da minha vida”, recordou o avançado Juanito.
Paris Saint-Germain 4-0 Barcelona
Barcelona 6-1 Paris Saint-Germain
Oitavos-de-final da UEFA Champions League de 2016/17
Uma equipa conseguiu pela primeira vez anular uma desvantagem de quatro golos da primeira mão na competição mais prestigiada da Europa. Foi também a primeira vez em 59 tentativas que uma equipa foi batida por 4-0 numa competição da UEFA e conseguiu seguir em frente sem a vantagem de um golo marcado fora. O Barcelona apontou três golos nos primeiros 50 minutos, mas Edinson Cavani reduziu após a hora de jogo, o que obrigava a equipa da casa a marcar por mais três vezes. Só o conseguiu aos 88 minutos, mas o golo de Neymar tudo mudou. O brasileiro converteu uma grande penalidade em período de compensação e depois fez o passe que permitiu a Sergi Roberto decidir tudo. "Fiquei de joelhos", reconheceu o treinador Luis Enrique.
- Recuperar cinco golos nas provas da UEFA
Honvéd 5-2 Panathinaikos
Panathinaikos 5-1 Honvéd
Terceira eliminatória da Taça UEFA de 1987/88
O Panathinaikos anulou uma desvantagem de apenas três golos na Grécia, mas o que torna este recuperação única é que esteve a perder por 5-0 na primeira mão. Nunca outra equipa conseguiu anular uma desvantagem de cinco golos em qualquer fase da eliminatória para continuar em prova.