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Por que motivo a vantagem de 3-1 é perigosa para o Real

Com a necessidade de dar a volta a uma desvantagem de 3-1 frente ao Real Madrid, o Nápoles não terá vida fácil, a 7 de Março, mas há antecedentes que dão esperança aos italianos.

Luis Enrique desolado após a derrota do Real Madrid em Paris, em 1993
Luis Enrique desolado após a derrota do Real Madrid em Paris, em 1993 ©Getty Images

Com a necessidade de dar a volta a uma desvantagem de 3-1 frente ao campeão da UEFA Champions League, o Real Madrid, o Nápoles não terá vida fácil, a 7 de Março. Porém, há antecedentes que dão esperança aos italianos. É que o registo do Real Madrid após vencer a primeira mão em casa por 3-1 não é assim tão positivo.

No total, o Real Madrid usufruiu desta vantagem em oito ocasiões, à entrada para as segundas mãos das provas da UEFA, e apenas seguiu em frente em quatro. Este facto contrasta com os números globais das competições da UEFA, que mostram que equipas vencedoras por 3-1 em casa na primeira mão seguiram em frente 254 vezes em 329 (77,2 por cento).

Recordamos esses embates do passado, entre eles dois emocionantes encontros com o Manchester United.

O Real Madrid ganhou a Taça dos Campeões de 1957
O Real Madrid ganhou a Taça dos Campeões de 1957©AFP

Meias-finais da Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1956/57:
Real Madrid 3-1 Manchester United
Manchester United 2-2 Real Madrid (total: 3-5)

Em defesa do troféu conquistado um ano antes, o Real Madrid defrontou a equipa de Matt Busby, o United. Alfredo Di Stéfano marcou na primeira mão, antes de o Real chegar ao 2-0 na segunda, em Manchester. O United esboçou uma recuperação, mas não o suficiente.

Meias-finais da Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1959/60:
Real Madrid 3-1 Barcelona
Barcelona 1-3 Real Madrid (total: 2-6)
Di Stéfano bisou na primeira mão e Ferenc Puskás, que também marcou em Madrid, fez dois golos na segunda mão, com os "merengues" a apurarem-se para Glasgow, onde venceriam por 7-3 ante o Eintracht Frankfurt. O Barcelona, sob o comando de Heleno Herrera, havia ganho a Liga espanhola ao Real e voltou a fazê-lo em vésperas da primeira mão das meias-finais. Mas na Europa reinou a formação de Madrid.

Grandes recuperações na UEFA Champions League

Segunda eliminatória da Taça UEFA de 1971/72:
Real Madrid 3-1 PSV Eindhoven
PSV Eindhoven 2-0 Real Madrid (total: 3-3, PSV vence graças ao golo fora)
Mas houve também derrotas para o Real Madrid após ganhar 3-1 em casa na primeira mão. Já anteriormente a equipa espanhola havia batido o PSV nas meias-finais da Taça UEFA dos Vencedores das Taças de 1970/71, mas tentos de Eef Mulders e Oeki Hoekema deram a volta a essa vantagem desta feita.

Segunda eliminatória da Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1978/79:
Real Madrid 3-1 Grasshoppers
Grasshoppers 2-0 Real Madrid (total: 3-3, Grasshoppers vence graças ao golo fora)

O emblema de Zurique havia perdido todos os embates anteriores frente a adverssários espanhóis, mas atingira as meias-finais da Taça UEFA da temporada anterior. Claudio Sulser foi o herói do Grasshoppers, autor de ambos os golos da segunda mão.

Quartos-de-final da Taça UEFA de 1981/82:
Real Madrid 3-1 Kaiserslautern
Kaiserslautern 5-0 Real Madrid (total: 6-3)
Um resultado que é ainda a maior derrota do Real Madrid na Europa. Hans-Peter Briegel esteve em foco na incrível vitória do Kaiserslautern na segunda mão, na qual Friedhelm Funkel arrasou com a desvantagem da equipa da casa graças a dois golos nos primeiros 17 minutos.

Segunda eliminatória da Taça dos Vencedores das Taças de 1982/83:
Real Madrid 3-1 Újpest
Újpest 0-1 Real Madrid (total: 1-4)
O Real Madrid haveria de perder a final ante o Aberdeen, mas ao menos interrompeu a tendência de ser afastado após vencer 3-1 em casa na primeira mão. Santillana bisou no primeiro jogo e uma vez na Hungria.

Quartos-de-final da Taça UEFA de 1992/93:
Real Madrid 3-1 Paris Saint-Germain
Paris Saint-Germain 4-1 Real Madrid (total: 5-4)
David Ginola marcou nas suas mãos de uma eliminatória com um final emocionante. Nos descontos, em Paris, Iván Zamorano empatou a eliminatória para o Real Madrid, o que parecia precipitar o prolongamento. Porém, Antoine Kombouaré tinha outros planos e marcou de cabeça nos últimos segundos.

Quartos-de-final da UEFA Champions League de 2002/03:
Real Madrid 3-1 Manchester United
Manchester United 4-3 Real Madrid (total: 5-6)
A segunda mão em Old Trafford é recordada como uma das melhores partidas da história da competição, com o Real Madrid a manter viva a defesa pelo título graças a um "hat-trick" que valeu ao brasileiro Ronaldo uma ovação de pé por parte dos adeptos do United.

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