Implacável Paris mostra o que vale frente ao Barcelona

Recentemente questionado sobre como se derrota o Barcelona, Thiago Silva deixou o veredicto: “Teremos de estar concentrados, tirar-lhes a bola – e rezar”. E da forma como aconteceu, o Paris Saint-Germain não precisou nem da intervenção divina nem do seu capitão para golear o gigante catalão no Parc des Princes.

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As notícias de segunda-feira que indicavam que Silva iria falhar a o jogo devido a lesão, pareciam ser uma séria contrariedade para as possibilidades do Paris, ainda por cima por a sua alternativa no centro da defesa, Presnel Kimpembe nunca ter alinhado na UEFA Champions League. 

Esta, recorde-se, foi a equipa que não conseguiu colmatar a saída no último Verão de Zlatan Ibrahimović e que pela primeira vez em anos está a sentir dificuldades na Ligue 1. Na verdade, cinco dias depois de ter ficado a saber que iria defrontar o Barça, os homens de Unai Emery perderam fora por 2-1 com o Guingamp.

Quão assustadora lhes terá parecido então esta eliminatória dos oitavos-de-final. Muitos especulavam já que os dias de Emery na capital francesa estavam a chegar ao fim, mas desde essa derrota a equipa venceu 11 das suas 12 partidas. A vitória por 4-0 na terça-feira, na primeira mão contra o Barcelona, foi a obra-prima dele e da equipa.

Ninguém, nem mesmo os jogadores, previram o que iria acontecer. Thomas Meunier admitiu após o jogo estar ainda “aturdido”, mas Emery e a sua equipa técnica tinham claramente feito o trabalho de casa. O espanhol é conhecido por passar horas diante do vídeo, e desde o sorteio que segue atentamente o Barcelona juntamente com os analistas Víctor Mañas e Adrien Tarascon.

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Julian Draxler celebra o seu quinto golo pelo Paris©AFP/Getty Images

Em campo esteve um Paris em pressão constante e por todas as formas a cortar as linhas de passe ao Barcelona. Isso mostrou também a corajosa opção de Emery de alinhar com laterais de cariz ofensivo como Meunier e Layvin Kurzawa.

A demanda do clube em Janeiro por Julian Draxler também mostrou ser um momento de inspiração. O internacional alemão protagonizou outra grande exibição e já leva cinco golos marcados em nove partidas pelo Paris, mostrando ser também um precioso estímulo para Ángel Di Maria.

Com todas as partes da equipa a funcionar na perfeição, por uma vez não foi deixado para Edinson Cavani o poder de fogo – ainda que tenha feito um belo golo. O 34º tento do uruguaio pelo clube esta época asseguraram que tanto ele como Di Maria desfrutaram de um saboroso dia de aniversário.