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Ramos sobre Zidane, Nápoles e veia goleadora

Sergio Ramos explica ao UEFA.com porque está satisfeito com Zinédine Zidane, o que torna o treinador bem-sucedido e como o Real Madrid está a preparar o embate com o Nápoles.

Sergio Ramos já marcou seis golos nesta edição da Liga espanhola, um recorde na sua carreira
Sergio Ramos já marcou seis golos nesta edição da Liga espanhola, um recorde na sua carreira ©Getty Images

A visita do Nápoles ao Santiago Bernabéu, esta quarta-feira, em jogo dos oitavos-de-final, vai colocar Sergio Ramos frente-a-frente com Raúl Albiol e José Callejon, compatriotas e antigos jogadores do Real Madrid.

Para Ramos, os colegas e o treinador Zinédine Zidane, esta eliminatória representa o obstáculo mais recente na tentativa de o clube espanhol se tornar na primeira equipa a revalidar o título da UEFA Champions League.

Nesta entrevista, o capitão do Real Madrid fala sobre o impacto de Zidane desde que sucedeu a Rafael Benítez em Janeiro passado, o desafio que o Nápoles vai colocar e o porquê de estar tão goleador esta temporada.

UEFA.com: Fale-nos sobre a segunda metade da época passada. Gostou de ter Zidane como treinador?

Ramos: A chegada de Zizou foi positiva e resultou em bastantes alterações. Cada treinador tem a sua filosofia de jogo, ideias próprias e forma de se relacionar com os jogadores e criar laços com eles.

Sergio Ramos e Zinédine Zidane
Sergio Ramos e Zinédine Zidane©Getty Images

Zizou também foi jogador e dá para perceber isso pela sua forma de gerir o plantel. Possui pontos de vista e ideias únicas.

Explicou de forma muito clara o que esperava de nós. Começámos o ano civil muito bem. Quase ganhámos o campeonato e lutámos desde o dia em que ele chegou até ao fim da época. Alcançámos um dos nossos principais objectivos, que era ganhar a Champions League, e isso foi muito importante desafiante ao mesmo tempo.

UEFA.com: Como descreveria o impacto de Zidane?

Ramos: Muito bom. Ele tem sido capaz de transportar a humildade e talento que teve como jogador para o novo cargo, por forma a gerir o grupo de trabalho sempre que necessário. Isso é uma grande qualidade.

Ele tem uma ligação especial com os jogadores, sabe como pensamos. Isso não é fácil num plantel como o nosso, com jogadores de várias nacionalidades, culturas e hábitos. Conseguiu manter o equilíbrio no balneário. A equipa apercebe-se disso e como consequência reflecte-se nos resultados.

Estamos muito felizes com ele e agradados por ser o nosso timoneiro. Esperamos manter os bons resultados e alcançar os objectivos propostos, aquilo que, no fim de contas, é o que determina a permanência de um treinador.

UEFA.com: Nenhuma equipa conseguiu ganhar esta competição duas vezes consecutivas desde o AC Milan, em 1989 e 1990. Será o Real Madrid o primeiro, já esta época?

Ramos: Espero que sim. Se ainda nenhuma equipa o conseguiu é porque é muito complicado, mas somos o campeão e podemos desfrutar da sensação de tentar revalidar o título.

Vamos pensar passo a passo, com bastante humildade e respeito pelos adversários, mas vamos tentar fazer bem as coisas.

UEFA.com: Como perspectiva a eliminatória com o Nápoles?

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Ramos: O Nápoles atravessa um bom momento e sabemos que temos dois jogos difíceis pela frente. A Champions League é sempre complicada e as equipas são flexíveis, rápidas e jogam bem no contra-ataque. É preciso ter muito cuidado na defesa.

UEFA.com: Está a ter a melhor época em termos de golos. A que é que isso se deve?

Ramos: Às horas de treino, mas também se deve à ambição e esperança. Deve-se ambicionar o melhor em tudo o que fazemos e, tal como sempre disse, a mentalidade do Real Madrid força-nos a lutar até ao fim. Isso significa que, a qualquer momento, mesmo nos derradeiros instantes de uma partida, é preciso acreditar que ainda é possível.

Por isso, quando se juntam estes factores – trabalho, dedicação e sacrifícios ao longo dos anos - fica-se mais perto do sucesso. Passo bastante tempo a aperfeiçoar o meu jogo de cabeça, e agora estou a ser recompensado por esse trabalho diário.