Cavani só pensa no ataque e assume a responsabilidade
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
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"Estou a jogar a ponta-de-lança, sinto-me muito feliz", explicou Edinson Cavani ao UEFA.com ao fazer o balanço da excelente época que está a realizar.
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A jogar no eixo do ataque, como um verdadeiro ponta-de-lança, Edinson Cavani está a realizar a época mais produtiva desde que chegou ao Paris Saint-Germain, em Julho de 2013.
A saída de um tal de Zlatan Ibrahimović, no final da época passada, abriu uma vaga para um avançado-centro na táctica de 4-3-3 dos parisienses e o atacante uruguaio agarrou a oportunidade com as duas mãos, tendo já marcado 33 golos em todas as competições.
Cavani vai actuar "onde gostaria de ter jogado sempre" desde que chegou a Paris, quando a equipa de Unai Emery receber o Barcelona, a 14 de Fevereiro, na primeira mão dos oitavos-de-final da UEFA Champions League. Uma ocasião para o avançado de 29 anos defrontar o compatriota Luis Suárez, um duelo que motiva ainda mais Cavani.
UEFA.com: Qual tem sido a diferença para si esta época? Estará relacionado com o facto de estar a jogar numa zona mais central?
Cavani: Sim, essa é a única diferença. Agora estou a jogar como ponta-de-lança, nada mais se alterou. O meu compromisso com esta causa, os meus colegas e o clube são os mesmos.
O mesmo se aplica à minha ambição e ao desejo de conquistar o máximo de títulos neste clube, o mesmo que sentia quando cheguei aqui . A única diferença é que agora estou a jogar no eixo do ataque, que é onde gostaria de ter jogado sempre desde que cheguei a Paris.
Mas, como sempre disse, penso que correspondi e estive à altura do desafio de jogar na posição em que me pediram para actuar. Estou a jogar a ponta-de-lança, sinto-me muito feliz.
UEFA.com: Houve mudanças tácticas esta época com a chegada de Unai Emery?
Cavani: Penso que não. É uma combinação entre o que fizemos na época passada e nos anos anteriores. Procuramos controlar a posse de bola e colocar muitos jogadores no ataque sempre que subimos no terreno. É uma mistura entre dois sistemas: um jogo assente na posse, mas combinado com uma pressão agressiva.
UEFA.com: Como antevê o embate dos oitavos-de-final com o Barcelona?
Cavani: São dois clubes que nos últimos anos se defrontaram várias vezes nesta competição e disputaram jogos muito animados. São duas equipas capazes de lutar e de conquistar esta edição da UEFA Champions League, por isso temos de esperar para ver o que acontece.
Vai ser um grande duelo. Em primeiro lugar porque temos confiança na nossa equipa e também porque sabemos quem vamos ter pela frente.
UEFA.com: Vai defrontar o compatriota Luis Suárez, que nasceu na mesma cidade...
Cavani: As coisas têm corrido bem nos últimos anos a mim e ao Luis. Estamos orgulhosos por representar o nosso país e, sobretudo, a nossa cidade [Salto].
É um grande motivo de orgulho e de alegria podermos encontrar-nos numa ocasião como esta, nos oitavos-de-final, uma fase importante da UEFA Champions League. É muito especial. Os nossos caminhos já se cruzaram anteriormente, mas esta é uma das coisas boas no futebol e temos de desfrutar, são momentos que nunca mais esquecemos.
O futebol está sempre a evoluir e há muitas coisas que caem no esquecimento, mas momentos como este, em que defrontamos um colega da selecção, alguém que nasceu na mesma cidade e no mesmo ano... são coisas que temos de saborear porque, quando dermos por isso, já fazem parte do passado.