Real Madrid 0-4 Barcelona: Lições
sábado, 21 de novembro de 2015
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Joseph Walker, repórter do UEFA.com em Madrid, destaca as conclusões a retirar do sensacional triunfo fora do Barcelona por 4-0 sobre o Real no primeiro "El Clásico" da época.
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O Barcelona fez uma exibição deslumbrante no sábado e derrotou o Real Madrid por 4-0, passando a dispor de seis pontos de vantagem sobre o principal rival na liderança da Liga espanhola. Joseph Walker, repórter do UEFA.com, esteve no Santiago Bernabéu.
Quem precisa de Messi?
Luis Suárez e Neymar estiveram à altura do desafio quando Messi esteve praticamente dois meses afastado da equipa devido a uma lesão num joelho, tendo marcado 19 golos consecutivos no campeonato até Andrés Iniesta fazer o 3-0 no início da segunda parte.
Quando Messi entrou em campo, aos 57 minutos, para realizar o primeiro jogo desde 26 de Setembro, o Barcelona aumentou ainda mais o ritmo. No final do encontro perguntaram a Luis Enrique se iria sentir problemas para voltar a encaixar o nº10 na equipa e o treinador gracejou: "Sim, é uma problema muito sério!" É um problema que muitos técnicos na Europa não se importariam de ter.
Versatilidade de Roberto
“É um faz tudo, pode jogar em qualquer zona do terreno. Não perde a bola, tem qualidade, surge em boas posições e tem força física. Tem tudo para se tornar num grande jogador ", foi desta forma que Luis Enrique descreveu Sergi Roberto, jogador que é apontado como futura estrela em Camp Nou.
Esta época, o jovem de 23 anos tem deixado a sua marca no clube catalão, A exibição realizada no sábado num dos palcos mais exigentes veio provar o seu crescimento como jogador. Foi titular no lado direito de um tridente ofensivo com Suárez e Neymar, no difícil “papel de Messi", mas conseguiu fazer a quarta assistência da época para o uruguaio inaugurar o marcador, num passe do flanco que teria deixado o argentino orgulhoso.
Iniesta irresistível
A importância de Andrés Iniesta no Barcelona e na selecção de Espanha sempre foi inquestionável, mas a combinação da idade com as lesões levaram a uma ligeira quebra de rendimento do médio. No sábado, o espanhol de 31 anos voltou aos bons velhos tempos, controlando o jogo no centro do terreno do início ao fim. A finta sobre Luka Modrić antes de servir Neymar para o segundo golo merece ser vista e revista, enquanto o sensacional remate que levou ao 3-0, no início da segunda parte, é digna de um jogador no auge da carreira. Quando foi substituído, a 13 minutos do final, teve direito a uma homenagem rara para um “blaugrana”: ovação em pé no Santiago Bernabéu.
Benzema de volta
Nem tudo foi mau neste jogo para Rafael Benítez, o regresso de Karim Benzema à equipa dos “merengues” após um período prolongado de paragem devido a lesão é um aspecto positivo. O internacional francês começou a temporada em grande forma, com seis golos nos primeiros cinco jogos, mas uma lesão sofrida na selecção francesa em Outubro levou a que ficasse indisponível para Benítez.
A capacidade de entendimento do avançado de 27 anos com Cristiano Ronaldo é fundamental e este jogo serviu para provar, embora ainda não de forma perfeita, que Benzema tem de dar sequência a essa boa cooperação. Na primeira parte, uma excelente tabela permitiu que Ronaldo obrigasse Claudio Bravo a uma boa defesa e, no final do encontro, rematou forte de cabeça e obrigou o chileno a voltar a brilhar.
Reacção rápida
O Real Madrid esteve 18 jogos invicto em todas as competições, numa sequência que remonta ao início de Maio, mas perdeu os dois últimos desafios. Os "merengues" vão ter oportunidade de reagir de imediato quando defrontarem o Shakhtar, na quarta-feira, com a certeza de que têm praticamente garantido um lugar nos oitavos-de-final da UEFA Champions League. Os espanhóis sabem que os três pontos asseguram a conquista do primeiro lugar do Grupo A e que podem superar esta desilusão da única maneira que sabem: com uma vitória.