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O que correu mal para o Bayern

O Bayern de Josep Guardiola foi eliminado e Andy James, do  UEFA.com, diz que as lesões de Arjen Robben e Franck Ribéry minaram a mais recente etapa do "Projecto Pep".

A frustração de Josep Guardiola foi visível durante o jogo de terça-feira
A frustração de Josep Guardiola foi visível durante o jogo de terça-feira ©Getty Images

O FC Bayern München teria sempre uma tarefa complicada no objectivo de dar a volta à desvantagem de 3-0 frente ao FC Barcelona – a principal força dominante na UEFA Champions League ao longo das últimas épocas.

Apesar de uma exibição valorosa e consequente vitória, o Bayern foi eliminado nas meias-finais da UEFA Champions League pela segunda época consecutiva, ambas de forma concludente.

Para muitos talvez fosse motivo de regozijo participar quatro vezes nas meias-finais nas últimas cinco épocas, mas não para o Bayern – e Josep Guardiola sabia disso quando aceitou o cargo.

De certa forma, era uma tarefa impossível fazer melhor do que Jupp Heynckes, que tinha dado ao Bayern uma "tripla" de troféus. Para Guardiola, o desafio não era apenas manter o mesmo nível de sucesso durante um longo período, mas também reformular o estilo de jogo do Bayern.

Josep Guardiola durante o jogo de terça-feira
Josep Guardiola durante o jogo de terça-feira©Getty Images

A segunda parte dessa tarefa foi cumprida, com o Bayern a assumir muitos dos traços futebolísticos da excelente equipa do Barcelona de Guardiola entre 2008 e 2012, como o domínio da posse de bola e o controlo do meio-campo.

A nível interno, o Bayern tem arrasado sob o comando de Guardiola, mas na UEFA Champions League tem ficado aquém das expectativas. No segundo ano de um contrato de três, é provável que o "Projecto Pep" esteja a entrar na sua fase final, e o facto de não ter conseguido ganhar  o mais prestigiado troféu europeu certamente mexerá com o orgulho do competitivo espanhol.

Assim, o que é que o Bayern precisará de fazer na próxima época para ser bem-sucedido? Onde é que falhou nos últimos anos?

A resposta é complicada e claro que a sorte, ou falta dela, também influencia. Qualquer treinador tem de lidar com lesões e castigos, mas Guardiola talvez se sinta particularmente azarado neste aspecto. Vários jogadores titulares estiveram indisponíveis durante largos períodos, e os dois mais influentes, Franck Ribéry e Arjen Robben, lesionaram-se na pior altura da campanha, falhando os embates com o Barcelona.

A lesão de Arjen Robben foi um rude golpe para o Bayern
A lesão de Arjen Robben foi um rude golpe para o Bayern©AFP/Getty Images

Isto entronca com o próximo tópico: o facto de o Bayern estar muito dependente dos seus extremos. Sem as suas arrancadas vertiginosas, a equipa de Guardiola pode afunilar excessivamente o jogo pelo centro do terreno. O jogo de posse de bola da equipa perde finalidade, e sem suplentes à altura para compensar longos períodos de ausência, esse problema intensifica-se.

Outro aspecto em discussão é que o Bayern não tem concorrência suficientemente forte na Bundesliga. Nas duas épocas anteriores sagrou-se campeão com sete e quatro jornadas por disputar, respectivamente. Na época passada, isso foi directamente atribuído à eliminação do clube na UEFA Champions League, argumentou-se que tinham perdido ritmo. Esta temporada, após se sagrar campeão, o Bayern não conseguiu ganhar nenhum dos quatro jogos que se seguiram.

O Bayern foi eliminado na terça-feira
O Bayern foi eliminado na terça-feira©Getty Images

Se Guardiola vai considerar estes factores durante o Verão, enquanto se prepara para o que pode ser o seu derradeiro assalto a uma "tripla" de troféus como treinador do Bayern, ainda está para se ver. Certo é que a Direcção do clube acredita firmemente nos métodos do treinador e os jogadores, que não lhe poupam elogios, tudo vão fazer para garantir que à terceira é de vez para "Pep".

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