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Jovem Mónaco sai de cabeça erguida

Após a saída de dois jogadores importantes no Verão, as perspectivas não eram as melhores para o Mónaco, mas com uma equipa repleta de jovens o futuro está garantido.

A reacção dos jogadores do Mónaco após o apito final no Stade Louis II
A reacção dos jogadores do Mónaco após o apito final no Stade Louis II ©AFP/Getty Images

Venda o seu jogador mais criativo e deixe a sua maior estrela do ataque sair por empréstimo. Misture um ou dois futebolistas mais experientes com uma série de jovens promissores e chegue aos quartos-de-final da UEFA Champions League. Parece ser uma fórmula pouco provável para o sucesso, mas resultou no AS Monaco FC esta temporada.

Quando James Rodríguez e Radamel Falcao deixaram o clube no Verão, após terem sido decisivos na caminhada rumo ao segundo lugar na Ligue 1, muitos vaticinaram um rápido adeus dos monegascos à Champions League, logo na fase de grupos. Efectivamente, no plantel apenas quatro jogadores tinham mais do que dez jogos disputados na prova.

Mas Leonardo Jardim – também ele acabado de chegar, para suceder a Claudio Ranieri – soube lidar na perfeição com a nova política do clube, que passava por deixar de contratar estrelas de créditos firmados para investir em jovens promessas.

"Penso que o Mónaco merecia mais. Está de parabéns", admitiu Patrice Evra, da Juventus, depois de a formação de Turim carimbar a passagem às meias-finais com um nulo no Stade Louis II. "No início da época todos pensaram que eles se iriam afundar, mas chegaram até aqui".

Golos decisivos ao cair do pano

"Ninguém esperava nada de nós, mas sabíamos que tínhamos jogadores de qualidade", destacou o médio Geoffrey Kondogbia, um dos mais promissores jovens do plantel, eleito Homem do Jogo na segunda mão. Apesar de pela frente ter jogadores como Andrea Pirlo, com mais do dobro de jogos na Champions League do que o próprio Mónaco, Jardim apostou numa equipa repleta de nomes que certamente não tardarão a ser vistos como estrelas bem para lá do futebol francês.

Seis dos jogadores que integraram o "onze" que entrou em campo na segunda mão tinham 22 anos ou menos, com o português Bernardo Silva, de 20 anos, a fazer o seu primeiro jogo como titular na UEFA Champions League e Anthony Martial, de 19 anos, a relegar para o banco de suplentes o bem mais experiente Dimitar Berbatov. Uma confirmação clara do novo rumo assumido pelo clube e da fé que Jardim deposita nos jogadores mais novos para o futuro.

Esse futuro poderá passar pelo regresso à UEFA Champions League já na próxima época, com o Mónaco a ocupar actualmente o terceiro posto na Ligue 1, o último a dar acesso à mais importante prova europeia de clubes. "Estamos desiludidos, mas orgulhosos. Ao longo destes dois jogos nunca fomos inferiores à Juventus", frisou Jardim. "Mostrámos à Europa o nosso valor individual e colectivo. Depois desta campanha o nosso objectivo tem de passar por voltar cá no próximo ano".

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