História até agora: FC Barcelona

O FC Barcelona iniciou a campanha no Grupo F com um técnico estreante. Luis Enrique passou oito épocas bem-sucedidas no Camp Nou como jogador. Chegou por duas vezes às meias-finais da UEFA Champions League, mas nunca dirigira encontros nesta competição. Estava igualmente a começar o percurso como treinador-principal, depois de ter orientado o Barcelona B durante boa parte da liderança de Josep Guardiola.

História até agora
Luis Enrique não demorou a impor o seu carácter no clube, escolhendo o menos experiente guarda-redes Marc-André ter Stegen nas competições europeias e Claudio Bravo nos encontros da Liga espanhola. O triunfo na primeira jornada sobre o APOEL FC, graças a um raro golo de Gerard Piqué, acabou por surgir em boa parte graças a um punhado de defesa de qualidade do jovem alemão. Contudo, os "azulgrana" perderam de seguida no reduto do Paris Saint-Germain na segunda jornada – a primeira derrota do treinador em jogos oficiais pelo Barça.

Vitórias confortáveis frente ao AFC Ajax – 5-1 no total dos dois jogos, relativos às terceira e quarta jornadas – e a goleada por 4-0 sobre o APOEL, quando um "hat-trick" Lionel Messi lhe permitiu ultrapassar Raúl Gonzalez como melhor marcador de sempre da UEFA Champions League, voltou a recolocar o clube da Catalunha na luta pelo primeiro lugar. O Barça ganhou o grupo graças ao triunfo por 3-1 sobre o Paris, golos de Messi, Neymar e Luis Suárez.

Momento decisivo
Ambos os encontros com o Paris Saint-Germain foram plenos de qualidade e emoção, mas o momento decisivo aconteceu em Amesterdão. Derrotado por Real Madrid CF e RC Celta de Vigo nos desafios anteriores, o Barcelona chegou à partida de 5 Novembro na Holanda em má forma e ciente de que perdera naquele mesmo estádio na época anterior. Contudo, um bis Messi e uma exibição determinada e cheia de cartácter da equipa valeram os três pontos e assinalaram a mudança radical no panorama.

Jogador-chave: Lionel Messi
Não foi simplesmente toda a fanfarra à volta da proeza de ultrapassar Raúl que tornou este num momento especial para o jogador. O dianteiro argentino passara semanas a curtíssima distância dos recordes de golos tanto da UEFA Champions League como da Liga espanhola, até chegar a altura em que parecia prestes a sentir a pressão. Contudo, a partir do minuto em que libertou a mente por ter batido o recorde de Telmo Zarra, entrou em velocidade de cruzeiro e marcou seis golos nos últimos três encontros do Grupo F.

Estrela em ascensão: Marc-André ter Stegen
Sendo o Barça o Barça, havia quatro prodígios oriundos das camadas jovens para escolher nesta categoria. Munir El Haddadi e Sandro Ramírez despertaram as atenções no ataque – com o primeiro a abrir a sua conta pessoal –, ao passo que Sergi Samper estreou-se finalmente a meio-campo e Rafinha mostrou por que se tornou no mais jovem internacional de Espanha em 2013/14. Contudo, foi o guarda-redes internacional alemão de 22 anos, Ter Stegen, participante em todas as seis partidas e que, com um punhado de boas defesas, salvou o Barcelona em algumas ocasiões, o merecedor da nossa distinção - pelo menos por agora.

Número: 146
Messi fez todas as manchetes ao ultrapassar Raúl, mas Xavi Hernández mostrou, uma vez mais, a sua longevidade – após um Verão cheio de especulações que o davam a jogar noutras paragens – ao participar em cinco encontros e estabelecer o recorde de 146 jogos da UEFA Champions League, a partir da fase de grupos e até à final.

Frase
"Messi é o melhor jogador de todos os tempos. Continuará a surpreender-nos nos próximos anos."
Palavras do treinador do Barcelona, Luis Enrique, após o génio residente da equipa ter pulverizado mais um recorde

Próximo desafio: Manchester City FC
(Fora: 24 de Fevereiro; casa: 18 de Março) 
O Barcelona levou a melhor frente ao City nos oitavos-de-final da edição passada da UEFA Champions League, ao vencer por 2-0 em Manchester e por 2-1 em Camp Nou. Lionel Messi e Daniel Alves marcaram nos dois jogos; Vincent Kompany assinou o único tento dos "citizens".