Penalties: Como marcá-los e onde colocar a bola
terça-feira, 21 de outubro de 2014
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Os repórteres do UEFA.com Rob Esteva e Simon Hart foram à procura dos segredos que levam ao sucesso na marcação de grandes penalidades na UEFA Champions League.
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Um dos números mais relevantes da segunda jornada da UEFA Champions League foi o facto de terem sido assinaladas nove grandes penalidades em 16 jogos - o maior número desde a mesma jornada da temporada 2010/11, quando foram marcadas 13.
Dos nove penalties marcados há três semanas, sete foram convertidos e dois desperdiçados. Cristiano Ronaldo, atacante do Real Madrid CF, que marcaria mais tarde do mesmo local viu o seu primeiro remate da marca dos 11 metros ser parado pelo guarda-redes do PFC Ludogorets Razgrad, Vladislav Stoyanov. Também Yacine Brahimi, jogador do FC Porto, viu o guarda-redes do FC Shakhtar Donetsk, Andriy Pyatov, negar-lhe o golo.
Este elevado número de grandes penalidades motivou a equipa do UEFA.com a investigar o facto antes da terceira jornada e a nossa pesquisa às últimas sete temporadas revela que os destros têm uma maior percentagem de acertos e que os disparos ao meio da baliza são os menos fiáveis.
Desde a época 2007/08 até 2013/14 foram assinaladas 211 grandes penalidades nos jogos da UEFA Champions League. Neste número não estão incluídos desempates da marca dos 11 metros. Uma primeira análise diz-nos que desses 211 remates, 74% foram convertidos com sucesso – número semelhante à da Premier League inglesa, que, no mesmo período (2007-14), viu 78.5% dos penalties serem marcados.
Para além de analisar simplesmente as bolas que entraram e as que não entraram, quisemos aprofundar mais a pesquisa, em especial os que não foram convertidos e porque razão. Assim ficámos a saber que:
• Dos 55 penalties falhados, 43 foram defendidos pelo guarda-redes.
• Oito desses 55 acertaram nos postes ou na barra.
• Surpreendentemente, apenas quatro dos 211 disparos não acertaram na baliza.
• Dois penalties que foram falhados resultaram, no ressalto, em golo.
Dando mais um passo em frente, quisemos explorar várias outras questões:
1. Qual a proporção entre os marcadores de penalties com pé direito ou pé esquerdo?
• Aproximadamente três quartos dos rematadores dos 211 penalties eram destros.
• 51 dos 211 eram canhotos.
2. Como se compara a percentagem de sucesso dos marcadores com pé direito ou pé esquerdo?
• 78% dos penalties batidos com o pé direito tiveram sucesso, contra os 63% com o pé esquerdo.
3. Quem marca de pé direito ou esquerdo, fá-lo para algum lado da baliza em especial?
• Dividindo a baliza em três partes, há uma clara maioria dos remates de pé esquerdo que vão para a direita (51%) e de pé direito, que o fazem para a esquerda (45%).
• Há uma percentagem semelhante dos remates de pé esquerdo (20%) e de pé direito (21%) que foram ao meio da baliza.
O último gráfico mostra como os penalties foram distribuídos por pé e qual o resultado. Uma análise mais detalhada mostra que um maior número de grandes penalidades que foram ao meio da baliza não entraram – seis dos dez penalties batidos de pé esquerdo falharam, tal como 15 dos 33 rematados de pé direito. Ambos os números são bem mais altos do que a média de 24% de grandes penalidades não convertidas. A conclusão é clara para os batedores de penalties - rematar para um dos lados dá-lhes de longe maior possibilidade de marcar.