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A esperança de Giuly

O capitão do Mónaco está satisfeito pelo facto da sua equipa não ser considerada favorita.

Por Ben Lyttleton

'Se ninguém acreditar que o AS Monaco FC pode ganhar ao FC Porto na final da UEFA Champions League, as suas esperanças serão maiores'. Essa é a opinião de Ludovic Giuly, capitão do Mónaco, que foi um elemento fundamental da equipa francesa no caminho para Gelsenkirchen.

Sem favoritismo
O conjunto orientado por Didier Deschamps habituou-se a não ser favorito durante a competição e, para Giuly, o jogo de quarta-feira não será excepção. "A maior parte das pessoas considera que o FC Porto é favorito para esta partida e prefiro que seja assim", disse ao uefa.com. "Temos de manter o mesmo espírito nesta final".

"Surpresa Real"
Giuly marcou quatro golos na edição deste ano da Liga dos Campeões, incluindo um na vitória por 8-3 sobre o RC Deportivo La Coruña, na quarta jornada da primeira fase. "Conseguimos alguns resultados surpreendentes esta temporada, começando pelo jogo com o Deportivo", afirmou Giuly. "Os outros resultados maravilhosos aconteceram nas eliminatórias com o Real Madrid [CF] e Chelsea [FC]".

Momentos mágicos
Derrotar o Real Madrid nos quartos-de-final permitiu ao Mónaco acreditar que podia chegar à final na Alemanha. "Esse jogo foi importante porque provámos que podíamos ganhar a jogadores como Ronaldo ou Luís Figo", acrescentou Giuly. "Foram momentos mágicos e ficarão na nossa memória para sempre".

Esforço heróico
Giuly marcou dois golos no Estádio Louis II, no jogo que ditou a eliminação da equipa de Carlos Queiroz, mas está convencido que a vitória sobre o Real Madrid foi conseguida à custa do trabalho colectivo. "Esse foi o aspecto mais positivo desse jogo", comentou. "Como aconteceu durante toda a campanha que fizemos, não se tratou de uma história com um herói: foi a vitória de toda a equipa".

Alma do Mónaco
Giuly personifica a alma do Mónaco. A sua garra e faro pelo golo valeram-lhe o segundo lugar na votação para o Jogador do Ano em França. Há três anos, quando assumiu o comando da equipa, Deschamps não hesitou e deu-lhe a braçadeira de capitão. "Pensei que, se desse mais responsabilidades a Ludo, ele empenhar-se-ia mais", contou Deschamps. "Era um jogador cheio de vida e estava pronto para dar muito mais à equipa".

Chamada do destino
Agora, Giuly está quase a levar o Mónaco ao maior sucesso da sua história. "Sempre que ganhámos, não éramos favoritos e ninguém esperava que vencêssemos", referiu. "Se queremos ganhar esta final, temos de continuar a pensar assim e manter a concentração".

Influência do pai
Giuly agradeceu ao pai, Dominique, antigo guarda-redes do SC Bastia, por tê-lo ajudado a tornar-se profissional de futebol. Dominique era o treinador do Olympique Lyonnais quando Giuly jogava nas camadas jovens do clube. "O meu pai teve uma enorme influência na minha carreira", revelou. "Nunca me pressionou, mas ouvi-o sempre. Quando me transferi para o Mónaco [em Agosto de 1998], ganhei confiança e cresci. Hoje, falamos de homem para homem".

Título mais desejado
Dominique estará na bancada em Gelsenkirchen para ver o seu filho em acção e poderá vê-lo ganhar o título mais desejado do futebol europeu. "Esta é uma grande oportunidade", disse Giuly. "Temos todas as razões para pensar que podemos it até ao fim. Depois das vitórias anteriores, a confiança não é um problema".

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