Reacção da imprensa ao triunfo do Chelsea
domingo, 20 de maio de 2012
Sumário do artigo
Desde elogios incrédulos para o Chelsea até compaixão pelo Bayern, o UEFA.com observa a reacção da comunicação social em Inglaterra, Alemanha e Europa à final da UEFA Champions League.
Conteúdo media do artigo
Corpo do artigo
O jornal inglês the Guardian apelida o triunfo notável do Chelsea como a "grande fuga". A perder já perto do fim, os "blues" sobreviveram depois a um penalty no prolongamento antes de voltarem a ter a sorte do seu lado num desempate que "pareceu, inexoravelmente e agoniantemente, inclinar-se a favor do adversário". Didier Drogba converteu o penalty decisivo e, conclui o Guardian, "subitamente o Chelsea estava no céu".
"Reis da Europa" é a manchete do Sunday Times, que continua: "Não admira que [Roberto] Di Matteo diga que os milagres fazem parte do ADN desta equipa". O jornal acrescenta que a emocionante vitória dos "blues" foi tanto mais impressionante quanto o facto de ter acontecido na casa do adversário, o FC Bayern München: "Quando o Chelsea começar a erigir monumentos a este feito, o maior triunfo na história do clube, vai destacar que o seu primeiro título da UEFA Champions League envolveu o assalto a um local que parecia uma fortaleza".
A BBC ficou igualmente incrédula pela forma como o Chelsea alcançou a sua primeira Taça dos Clubes Campeões Europeus. "Um pouco como grande parte da campanha do Chelsea na UEFA Champions League, houve algo de irreal sobre o desfecho de uma suave noite de Munique", pode ler-se. "E com ela veio a prova de que, apesar das questões que alguns foram rápidos em colocar, foram verdadeiramente dignos vencedores desta competição".
Entretanto, na Alemanha, imperava o choque pelo facto de o Bayern não ter conseguido vencer, apesar de ter dominado durante grande parte do jogo. "Que quantidade de azar cabe num só jogo?" é a manchete do Süddeutsche Zeitung, que apelida o Chelsea de "campeão na arte de roubar a vitória".
O Berliner Kurier acrescenta: "Uma cidade inteira está paralisada de horror. Quando Didier Drogba converteu o penalty decisivo, abateu-se um grande silêncio sobre toda a cidade". O robusto avançado do Chelsea também faz a manchete na Kicker, que titula de forma assertiva que "Drogba torna-se no pesadelo do Bayern".
O La Vanguardia, em Espanha, confirmou Drogba como o principal protagonista da noite, "para o bem e para o mal". Com a manchete "Drogba fecha o círculo", o jornal explica: "Sete anos após ser contratado ao Olympique de Marseille, o avançado completou um caminho que ele e o clube desejavam desesperadamente, durante uma final na qual mostrou a sua verdadeira destreza física".
Di Matteo é, compreensivelmente, o centro das atenções em Itália, com a Gazzetta dello Sport a dizer: "Dois meses e meio à frente da equipa foram suficientes para iniciar uma série de milagres que trouxeram dois troféus para Stamford Bridge, numa temporada que parecia ter nascido sob o signo da infelicidade".
"Um pequeno milagre" é como o jornal francês L'Équipe descreve o triunfo do Chelsea em Munique. "Quem poderia ter previsto esta vitória para os 'blues'? Há três meses, era impossível adivinhar, e mesmo aos 87 minutos deste jogo totalmente louco, o desfecho não era fácil de acreditar. Contra todas as expectativas, o Chelsea conquistou a sua primeira UEFA Champions League".
Os jornais na República Checa festejam o desempenho de Petr Čech, que se tornou no quarto jogador do país a ganhar a UEFA Champions League. "Bravo Čech! Ele decidiu o desempate", escreve o Blesk. O avançado croata Ivica Olić foi vítima de Čech no desempate, e houve compaixão considerável para ele no seu país-natal. "Infelizmente, Ivica Olić esteve entre os jogadores do Bayern que tiveram muito azar", escreve o Večernji list. "Čech defendeu o seu penalty e o Chelsea regressou à vida".