Benzema e Kaká decidem no Chipre

O Real Madrid CF venceu por 3-0 no terreno do APOEL FC, resultado que deixa os comandados de José Mourinho com uma gestão mais do que confortável para o duelo da segunda mão dos quartos-de-final da UEFA Champions League.

O APOEL apresentou-se naquele que os seus responsáveis qualificaram como o "jogo mais importante da história do clube" sem poder contar com uma das suas principais figuras, o ex-benfiquista Gustavo Manduca, devido a castigo, limitando assim as suas capacidades ofensivas, nomeadamente a propensão para o contra-ataque frente a equipas mais poderosas.

Já o Real Madrid surgiu no Chipre ciente das dificuldades que o aguardavam, conforme havia dito José Mourinho na conferência de imprensa que antecedeu o encontro, tendo o técnico português apresentado os compatriotas Pepe, Fábio Coentrão e Cristiano Ronaldo de início, que encontraram do lado oposto outros tantos lusitanos em Paulo Jorge, Hélio Pinto e Nuno Morais.

O jogo só ganhou interesse a partir dos 28 minutos, quando Cristiano Ronaldo obrigou Dionisios Chiotis a uma defesa a dois tempos. No entanto, o lance mais perigoso da primeira parte surgiu cinco minutos volvidos e deixou os responsáveis "merengues" de mãos na cabeça, começando pelo protagonista do lance. Cristiano Ronaldo lançou Nuri Sahin pela esquerda, de onde o ex-jogador do BV Borussia Dortmund cruzou rasteiro para Karim Benzema. Chiotis não conseguiu interceptar a bola, ficando, assim, fora do lance. E, com a baliza completamente desguarnecida, Benzema rematou de primeira, fazendo a bola bater no chão e passar por cima da trave.

Os primeiros minutos da segunda parte trouxeram um Real Madrid mais dominante, mas sem engenho, algo que apenas mudou aos 62 minutos, com as entradas de Marcelo e Kaká para os lugares de Fábio Coentrão e Higuaín. A equipa ganhou mais criatividade e capacidade de penetração e as oportunidades começaram a surgir. Com uma delas veio mesmo o primeiro golo. Estavam decorridos 74 minutos quando Kaká ganhou um lance no lado esquerdo, de onde cruzou para a cabeça de Benzema, que assim se redimiu do falhanço na primeira parte.

O segundo tento chegou oito minutos depois e foi uma obra inteiramente protagonizada pelos recém-entrados do Real Madrid. Marcelo arrancou em velocidade pela esquerda, após uma tabela de calcanhar de Cristiano Ronaldo, aguentou a carga em falta de Paulo Jorge e cruzou em esforço para a mais fácil das conclusões de Kaká, que assim deixou o Real Madrid com uma tarefa ainda mais facilitada para a partida da segunda mão. O terceiro tento, novamente de Benzema, agora a passe de bandeja de Mesut Özil, só veio confirmar a clara superioridade do líder da Liga espanhola.