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Chelsea e United descartam desforra

Carlo Ancelotti e Alex Ferguson crêem que a final de 2008 não terá influência no duelo entre Chelsea e Manchester United, mas para o primeiro a vitória ajudaria o seu clube a "crescer".

O treinador do Chelsea, Carlo Ancelotti, fala com Fernando Torres
O treinador do Chelsea, Carlo Ancelotti, fala com Fernando Torres ©Getty Images

Carlo Ancelotti e Alex Ferguson remeteram para segundo plano a vitória do Manchester United FC sobre o Chelsea FC na final da UEFA Champions League de 2008, quando as duas equipas se preparam para o reencontro, agora nos quartos-de-final, apesar de o primeiro reconhecer que a vitória seria um grande passo na "história" do seu clube. Entretanto, Ferguson recebe com agrado o regresso de alguns elementos importantes da defesa e pretende tomar a iniciativa antes do jogo da segunda mão, em Manchester.

Carlo Ancelotti, treinador do Chelsea
Temos de jogar 180 minutos, por isso é óbvio que queremos começar bem, mas tudo vai ser decidido em Old Trafford e não esta quarta-feira. Vai ser diferente defrontar o United na UEFA Champions League. Temos muita confiança e estamos concentrados. Queremos chegar às meias-finais se possível; se jogarmos melhor que o United vamos conseguir.

A final de 2008 faz parte do passado e já não interessa. Tenho um bom registo frente ao United, mas queremos estar concentrados no próximo jogo e aí vai ser uma história diferente. Estamos em boa forma. Temos de defrontar uma equipa fantástica, mas possuímos confiança suficiente para dar o nosso melhor. Durante muitos anos o Chelsea esteve perto de conquistar a UEFA Champions League e teve jogadores para o conseguir. Infelizmente faltou-lhe algo nesses momentos, mas esta época, se tudo correr bem, teremos melhor sorte.

A UEFA Champions League não é uma obsessão; é a competição mais importante do Mundo e é fantástica. Disse aos meus jogadores que devemos estar felizes, porque qualquer jogador e treinador do Mundo gostariam de estar no nosso lugar. Estamos satisfeitos por ter esta oportunidade, mas também queremos vencer. Este tipo de jogos podem fazer crescer o clube a nível histórico, por isso é importante garantir o apuramento.

Alex Ferguson, treinador do United
Defrontámos o Arsenal há duas épocas, naquela que foi a primeira eliminatória 100 por cento inglesa, e tentámos abordar este jogo da mesma forma que fazemos quando alinhamos fora nas competições europeias. Desta vez é diferente porque jogamos primeiro fora, mas pretendemos regressar a Old Trafford com um ou dois golos marcados. Isso não vai alterar a nossa atitude de tentar vencer o jogo, mas queremos ter a certeza de que voltamos com hipóteses de apuramento. Se alcançarmos uma vantagem na eliminatória, vai ser muito difícil baterem-nos em casa.

Fiquei muito satisfeito por a segunda mão ser em casa. Vamos estar perante um ambiente magnífico e os adeptos vão estar muito entusiasmados. Quando Old Trafford fica assim é um local maravilhoso para se estar. Se tudo correr bem, vamos regressar com algo para defender, mas continuamos a realizar exibições fenomenais em casa. A UEFA Champions League é definitivamente a maior motivação do Chelsea, por isso vai ser um jogo complicado. Costumávamos ter um excelente registo em Londres, mas nos últimos anos os resultados têm sido fracos, apesar de termos jogado bem na maior parte das vezes. Precisamos de recuperar o tempo perdido, a começar por aqui.

Moscovo foi uma final muito boa. Os penalties são sempre uma desilusão para quem perde, mas quando se conquista uma competição europeia pouco importa como conseguimos; ganhar significa tudo, pois chega-se tão longe e após passar por tantos momentos emotivos. Foi um grande feito para o nosso clube, porque foi o terceiro troféu do nosso historial. Não creio que os jogadores pensem em vingança. A motivação para vencer este jogo é maior do que pensar no de há três épocas.

Notícias das equipas
Chelsea
Alex não joga desde 28 de Novembro por causa de uma lesão num joelho, mas Yossi Benayoun está disponível depois de recuperar de uma lesão num tendão de Aquiles sofrida em Setembro. Foi suplente utilizado nos últimos 20 minutos da vitória de Israel sobre a Geórgia, em jogo de qualificação para o UEFA EURO 2012, a 29 de Março.

Manchester United
Park Ji-Sung alinhou de início frente ao West Ham United FC, após recuperar de um estiramento num tendão de uma coxa que o manteve afastado dos relvados desde 11 de Fevereiro. Michael Owen, ausente desde 18 de Fevereiro devido a uma lesão na virilha, foi suplente não utilizado e os problemas com lesões do United de Ferguson começam a diminuir. O técnico do United confirmou que Jonny Evans, John O'Shea (estiramento na coxa), Rafael (estiramento na coxa) e Wes Brown (gémeos) estão disponíveis. Em relação a Rio Ferdinand, que não joga desde 1 de Fevereiro, devido a uma lesão nos gémeos, disse: "O Ferdinand treina há mais de uma semana. Se está preparado ou não para este jogo, disso não tenho a certeza. Mas ele é experiente e um jogador fantástico." Darren Fletcher, doente, falhou o treino de terça-feira, enquanto Wayne Rooney ficou de fora em parte da sessão, por culpa de uma contusão numa canela, apesar de Ferguson ter dito: "Acredito que vai estar apto."

Resultos do fim-de-semana
Sábado: Stoke City FC 1-1 Chelsea
(Walters 8; Drogba 33)
O primeiro golo de Didier Drogba em 11 jogos ajudou o Chelsea a prolongar a série sem perder para oito encontros, quatro vitórias e quatro empates, desde que foi derrotado pelo Liverpool FC a 6 de Fevereiro. O internacional costa-marfinense acertou duas vezes no ferro da baliza, tal como o Stoke, mas nenhuma das equipas foi capaz de chegar ao golo da vitória.

Sábado: West Ham United FC 2-4 United
(Noble 11pen 25 pen; Rooney 65 73 79pen, Hernández 84)
Rooney apontou o seu primeiro "hat-trick" desde Janeiro de 2010 e soma agora 101 na Premier League ao serviço do clube, num jogo em que a equipa de Ferguson recuperou de uma desvantagem de 2-0 para registar a quarta vitória consecutiva. Foi apenas o segundo triunfo do United em seis jogos fora, todas as competições incluídas.

Sabia que?
Os clubes defrontaram-se pela primeira vez em Londres na antiga segunda divisão inglesa, em Abril de 1906, empatando a um golo, e o Chelsea precisou de oito tentativas para registar a primeira vitória caseira neste duelo.

Consulte a retrospectiva do jogo para mais informações.

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