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Percurso fantástico

Caminho para a final: O FC Porto não mostrou medo de nenhum dos "monstros" da Europa durante a sua impressionante campanha europeia.

Desde que o Liverpool FC conseguiu, nos anos 70, conquistar a Taça UEFA e a Taça dos Campeões Europeus em duas épocas consecutivas, que esse feito não voltou a ser alcançado. Em 2004, o FC Porto poderá ser a primeira equipa a consegui-lo, depois de implantado o novo modelo da Liga dos Campeões.

Início complicado
Depois de ter vencido a SuperLiga e a Taça de Portugal, o FC Porto conseguiu, igualmente, arrebatar a Taça UEFA na época passada. Na presente temporada, os portistas começaram por defrontar, na fase de grupos da Liga dos Campeões, o Real Madrid CF, o Olympique de Marseille e o surpreendente FK Partizan. O FC Porto começou da melhor forma a campanha europeia, apontando o seu primeiro golo por Costinha, aos 22 minutos, em Belgrado. Contudo, os donos da casa conseguiram empatar, ainda antes do intervalo, por intermédio de Andrija Delibašic. Na segunda jornada, Luís Figo inspirou o Real Madrid e ajudou os espanhóis a vencer por 3-1 nas Antas, depois de Costinha ter voltado a colocar a sua equipa em vantagem. Mal imaginavam os "azuis-e-brancos" que os dois encontros que se seguiam, diante do Marselha, ganhariam uma importância tão grande.

Acordar na hora certa
A pressão acabou por inspirar o FC Porto. Primeiro, o clube português venceu por 3-2 no Stade Vélodrome, apesar de ter começado a perder. Dmitri Alenichev, autor do terceiro golo nessa partida, acabou por ser decisivo nas Antas, apontando o único tento do jogo. Depois, surgiu a magia de Benni McCarthy que, com dois golos, deu a vitória (por 2-1) ao FC Porto, em casa, diante do Partizan. No desafio final, realizado em Madrid, os "dragões" estiveram perto de vencer o Real mas a partida acabaria por terminar empatada a uma bola.

Driblar a má sorte
Depois de uma fase de grupos complicada, a sorte foi madrasta dos portistas e colocou-lhes pela frente o poderoso Manchester United FC na primeira ronda a eliminar. Para agravar a situação, o goleador da equipa, Derlei, sofreu uma grave lesão no joelho. No entanto, José Mourinho nunca se deixou atemorizar e no primeiro desafio europeu disputado no Estádio do Dragão, o FC Porto bateu os ingleses por 2-1, com dois golos soberbos de McCarthy.

O herói Costinha
O United já arrecadara sete presenças consecutivas nos quartos-de-final da prova e pensou-se que repetiria o feito pela oitava vez quando Paul Scholes colocou os "encarnados" em vantagem no Old Trafford. O mesmo jogador haveria de marcar o segundo golo, mas este seria anulado e a oportunidade não mais se repetiria. Acabou por ser Costinha, nos últimos minutos, a empatar a contenda, numa recarga perfeita depois de Tim Howard não defender à primeira um livre apontado por McCarthy.

O Lyon que se segue
Seguiram-se os campeões franceses. O Olympique Lyonnais acabou por não resistir ao ambiente do Dragão e perdeu por 2-0. Apesar de tudo, a equipa gaulesa acalentava esperanças para a segunda-mão, mas os golos madrugadores de Maniche nos primeiros minutos de cada parte, decidiram a eliminatória, ainda que o Lyon tenha chegado ao empate (2-2) por Giovane Elber nos últimos minutos.

Deportivo à prova de golo
Nas meias-finais, o FC Porto defrontou um RC Deportivo La Coruña que antes recuperara de uma derrota de 4-1 diante do ainda campeão europeu, o AC Milan, vencendo na segunda mão por 4-0. Contudo, nos jogos entre o Depor e o FC Porto não choveram golos. Os espanhóis vieram ao Dragão com o intuito de manter o nulo, esperando outro grande jogo no Riazor, apesar de não poderem contar com o seu defesa mais utilizado, Jorge Andrade, expulso no seu regresso ao Porto.

Jogada de mestre
Muitos sentiram que o Deportivo era, então, o grande favorito, mas o FC Porto manteve-se imbatível na prova - desde a derrota diante do Real na segunda jornada - e especialmente certeiro nos jogos em que actuou fora de casa. Neste encontro, e contra todas as expectativas, Derlei foi lançado como titular, enquanto que Costinha foi designado para marcar Juan Carlos Valerón, o mais criativo jogador do Depor. Tratou-se de mais uma jogada de mestre de Mourinho.

O regresso de Derlei
Valerón não conseguiu causar o mesmo impacto que havia conseguido diante do Milan e acabou por ser Deco a dar nas vistas, através de uma grande exibição culminada com o penalty que ganhou na área do Corunha. Derlei, regressado após uma grave lesão, apontou de forma perfeita o castigo máximo. Num jogo muito quente, Nourredine Naybet acabou por ser expulso e antecipou o que se esperava: a primeira presença do FC Porto na final da Liga dos Campeões, desde a conquista do título europeu, em 1986/87.