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Novo procedimento para concussões

Medicina

A UEFA vai implementar imediatamente um novo procedimento em caso de concussões em todas as suas provas, sublinhando a preocupação com o bem-estar dos jogadores.

Álvaro Pereira, do Uruguai, levou uma pancada na cabeça durante o jogo do Campeonato do Mundo com a Inglaterra
Álvaro Pereira, do Uruguai, levou uma pancada na cabeça durante o jogo do Campeonato do Mundo com a Inglaterra ©Getty Images

Na reunião realizada em Nyon, o Comité Executivo da UEFA aprovou um novo procedimento para lidar com concussões e que será implementado com efeito imediato nas competições da UEFA.

No caso de suspeita de uma concussão, o árbitro deverá parar o jogo durante um máximo de três minutos de forma a permitir que o jogador seja avaliado pela sua equipa médica. Um jogador só poderá continuar a jogar se o médico confirmar especificamente junto do árbitro que o jogador está em condições de prosseguir.

O Comité Executivo concordou que o este procedimento seja incluído nos regulamentos da UEFA o mais rapidamente possível:

"Em caso de suspeita de uma concussão, o árbitro deverá parar o jogo para permitir que o jogador seja avaliado pela sua equipa médica. Este procedimento não deverá demorar mais de três minutos, a não ser que a lesão seja de um gravidade tal que obrigue a que o jogador seja tratado ou imobilizado no campo de jogo para ser transferido imediatamente para o hospital (por exemplo, no caso de uma lesão na coluna vertebral).

"Um jogador que sofra um ferimento na cabeça que exija a avaliação da existência de uma possível concussão só poderá continuar em jogo após avaliação e confirmação específica do médico da equipa junto do árbitro de que o jogador está em condições de continuar."

O Secretário-Geral da UEFA, Gianni Infantino, explicou os motivos que levaram a esta decisão. "Temos de dar prioridade à protecção da saúde dos jogadores", destacou. "O Comité Executivo levou em linha de conta um relatório do Comité de Medicina e decidiu que, em casos de concussão durante os jogos, o árbitro deve interromper o jogo por um máximo de três minutos de forma a permitir que o médico da equipa avalie o jogador e determine se ele está em condições de regressar à partida."

Infantino acrescentou: "Será o médico da equipa, e apenas o médico da equipa, que terá a responsabilidade e a obrigação de decidir se um jogador pode regressar ao campo, se o atleta está em condições de jogar ou se deve ser substituído. É muito importante preservar a saúde dos jogadores, por isso esta medida será aplicada com efeito imediato em todas as nossas competições."

O presidente do Comité de Medicina da UEFA, Michel D'Hooghe, saudou esta iniciativa: "A implementação das directrizes para casos de concussão é mais um passo em frente no trabalho contínuo da UEFA para uma protecção ideal dos jogadores durante os encontros e para salvaguardar a sua saúde e bem-estar. Estou muito satisfeito por esta iniciativa ter sido aprovada pelo Comité Executivo para que se torne uma prática comum em todos os jogos organizados pela UEFA."

Outra resposta positiva às novas disposições veio do responsável pela arbitragem na UEFA, Pierluigi Collina. “Estou satisfeito por o novo procedimento em caso de concussões ser implementado esta semana, poucos dias depois de ter sido aprovado pelo Comité Executivo da UEFA", disse. "Na minha opinião, o novo procedimento dá aos árbitros uma visão clara sobre quem tem a decisão final sobre se um jogador pode continuar a jogar ou tem de sair do campo - é a equipa médica e mais ninguém. Espero que isto leve à melhoria da saúde e da segurança dos jogadores em geral.”