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2009: Inka Grings

Pelo segundo Campeonato da Europa Feminino consecutivo, Inka Grings sagrou-se a melhor marcadora da prova ao ajudar a Alemanha a revalidar o título, depois de algum tempo afastada dos palcos internacionais.

A alemã Inka Grings bisou na final de 2009 frente à Inglaterra
A alemã Inka Grings bisou na final de 2009 frente à Inglaterra ©Getty Images

A ponta-de-lança alemã Inka Grings sagrou-se a melhor marcadora do UEFA Women's EURO 2009, na Finlândia, tal como quatro anos antes, em Inglaterra. Ainda assim, a jogadora pouco alinhou pela selecção germânica no período que intercalou essas duas fases finais do Campeonato da Europa Feminino.

Grings começou a dar que falar ainda em adolescente, quando rumou ao FCR Duisburg (actual FCR 2001 Duisburg), em 1995, não tardando a afirmar-se como uma das mais prolíficas goleadoras na Alemanha. Um ano depois de chegar ao Duisburgo estreou-se pela selecção principal do seu país num encontro frente à Finlândia e ajudou depois as germânicas a chegarem ao bronze nos Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000.

Contudo, até 2005 Grings não logrou qualquer vitória em grandes competições depois de falhar, por lesão, as presenças no Europeu de 2001 e no Campeonato do Mundo de 2003. Corrigiu essa situação em Inglaterra, após ter apontado oito golos durante a qualificação para a fase final. Grings marcou na vitória por 3-0 sobre a França no arranque do torneio e bisou de seguida no triunfo por 4-1 sobre a Finlândia; mais à frente na prova, nas meias-finais, facturou no triunfo por 3-1 sobre a Noruega, tento que lhe valeu a consagração como melhor marcadora da competição.

No final do ano, porém, deixou a selecção. Continuou, ainda assim, a marcar muitos golos pelo Duisburgo e voltou a ser chamada à selecção alemã em Fevereiro de 2009 num encontro amigável frente à China, no qual precisou de apenas dois minutos para marcar, após entrar em campo.

Com Birgit Prinz num papel mais recuado, Grings liderou o ataque alemão na Finlândia e, mais uma vez, voltou a marcar diante da França na fase de grupos, numa partida que as germânicas venceram por 5-1. Depois, frente à Islândia, 13 minutos em campo bastaram para festejar antes de se lesionar num joelho.

Muito se falou da sua possível ausência da partida dos quartos-de-final diante da Itália, mas Grings acabou mesmo por jogar e marcar os dois golos da sua selecção, vencedora por 2-1. Depois de derrotar a Noruega nas meias-finais, a Alemanha encontrou a Inglaterra na final e, com 62 minutos decorridos num jogo extremamente emocionante, as detentoras do título venciam apenas por 3-2.

Grings entrou então em cena e, de cabeça, correspondeu da melhor forma ao cruzamento de Kerstin Garefrekes para apontar o seu primeiro tento no encontro, 11 minutos antes de levar a melhor sobre Anita Asante e Faye White e voltar a marcar. Não se dando por satisfeita, Grings fez ainda a assistência para Prinz estabelecer o resultado final de 6-2. O seu registo pessoal de seis golos marcados constituiu um recorde e, com os dez que totaliza em fases finais, igualou ainda o máximo de Heidi Mohr.

Após o triunfo, Grings referiu ao UEFA.com: "As coisas não poderiam ter corrido melhor para mim e para a equipa. Foi um jogo incrível e o concretizar de um sonho, depois de todos os contratempos pessoais que vivi nos últimos anos." Nessa altura tinha já ajudado o Duisburgo a conquistar a Taça UEFA Feminina e, na temporada seguinte, sagrou-se pela sexta vez em 12 anos a melhor marcadora da Frauen-Bundesliga.