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A Croácia e os seus futebolistas têm tido a oportunidade de brilhar pelos próprios pés.

A Croácia celebra um golo frente à Itália no EURO 2016
A Croácia celebra um golo frente à Itália no EURO 2016 ©AFP/Getty Images

O colapso das estruturas político-geográficas na região dos Balcãs deu à Croácia e aos seus futebolistas a oportunidade de brilhar. O aparecimento, nos últimos anos, de uma talentosa geração de jogadores foi suficiente para colocar o país no topo do futebol mundial, sendo legítimas as esperanças de que os futuros futebolistas croatas possam manter a reputação já atingida.

Os primeiros clubes croatas, First Football and Sport Club e Croatian Academical Sport Club, foram fundados em Zagreb, em 1903. A Federação Croata de Futebol (HNS) surgiu nove anos mais tarde, ficando sediada na mesma cidade a partir de 13 de Junho de 1912. Apesar desse importante passo, as equipas das regiões da Istria e Dalmatia foram impedidas de se associarem à HNS, uma vez que estavam sob a jurisdição da Áustria.

O primeiro campeonato iniciou-se a 26 de Setembro de 1912 e apresentava apenas cinco equipas, todas elas de Zagreb. No entanto, a nova competição foi interrompida quando o império austro-húngaro entrou na I Guerra Mundial, em 1914. Todas as actividades desportivas cessaram até ao final das hostilidades. Em 1918, depois dos reinos da Sérvia, Croácia e Eslovénia terem decidido tornar-se numa só nação (dando origem, em 1929, ao Reino da Jugoslávia), a HNS foi incorporada na Federação de Futebol da Jugoslávia (JNS), criada em Abril de 1919 e com sede em Zagreb. A controvérsia chegou em 1929, quando a assembleia da JNS decidiu mudá-la para Belgrado.

A HNS foi novamente formada em 1939 e ganhou autonomia com o surgimento da Alta Federação de Futebol do Reino da Jugoslávia em Agosto de 1939, confederação que concedeu à HNS o direito de organizar jogos internacionais, o primeiro dos quais teve lugar em Zagreb, a 2 de Abril de 1940, com a Croácia a golear a Suíça por 4-0. Depois do final da II Guerra Mundial, a Jugoslávia desintegrou-se e a HNS passou a funcionar sob a égide do Estado Independente da Croácia, tendo sido admitida como membro pleno da FIFA a 16 de Julho de 1941.

Em 1945, nasceu a República Popular Federativa da Jugoslávia, embora a mudança tivesse afectado pouco a HNS, que continuou em funções no território da República Popular da Croácia como parte do novo Estado. As equipas e jogadores croatas conseguiram, a partir daí, desempenhar papel importante nas competições europeias de clubes. O GNK Dinamo Zagreb alcançou a final da Taça das Cidades com Feira (antecessora da Taça UEFA) em 1962/63, vencendo mesmo o troféu em 1966/67, tendo também alcançado a meia-final da Taça dos Clubes Vencedores das Taças em 1961. Outro exemplo de sucesso foi o HNK Hajduk Split, clube que alcançou os quartos-de-final da Taça dos Clubes Campeões Europeus em duas ocasiões, uma vez a mesma fase da Taça UEFA e ainda uma meia-final da Taça do Vencedores das Taças. O HNK Rijeka, por seu lado, caiu nos quartos-de-final da Taça das Taças de 1978/79 e da Taça UEFA de 1983/84.

A 8 de Outubro de 1991, após o desmembramento da Jugoslávia, a Croácia voltou a recuperar a independência e tornou-se membro das Nações Unidas por direito próprio. A HNS renovou a ligação à FIFA em Julho de 1992, antes de se juntar à UEFA em 16 de Junho de 1993. A selecção croata marcou, desde muito cedo, presença nas grandes competições, alcançando, logo na estreia, os quartos-de-final do EURO '96. Seguiu-se o terceiro lugar no Mundial de 1998, depois de uma derrota nas meias-finais diante da anfitriã e futura campeã europeia, a França. 

Depois disso, a Croácia qualificou-se para quatro torneios seguidos: Mundial de 2002, UEFA EURO 2004, Mundial de 2006 e UEFA EURO 2008. Apesar de ter falhado a presença no Mundial 2010, foi quarto-finalista tanto no Europeu disputado na Áustria/Suíça, como no UEFA EURO 2012, onde terminou no terceiro lugar do grupo, atrás de Espanha e Itália, futuras finalistas da prova. A Croácia prosseguiu a sua série de apuramentos, participando no Mundial de 2014 e no UEFA EURO 2016. Na fase final deste último, derrotou a campeã Espanha e ganhou o grupo, atingindo os oitavos-de-final.

 

Em 2012, a Croácia recebeu o UEFA Futsal EURO, desfrutando de um sucesso histórico diante dos seus adeptos, alcançando as meias-finais pela primeira vez.

 

Em 2010, a selecção croata Sub-19 terminou o Europeu da categoria no terceiro lugar - imitando o feito da geração de 1998, quando a competição ainda era Sub-18, e o terceiro lugar também foi a classificação alcançada pelos Sub-16 em 2001, antes de o evento passar a ser Sub-17.

Os futebolistas croatas têm um rico legado a manter. Bernard Vukas, Vladimir Beara, Zlatko Cajkovski e Branko Zebec integraram uma equipa da FIFA num jogo comemorativo realizado em Londres, em 1953; Dražan Jerković e Davor Suker brilharam ao se sagrarem os melhores marcadores dos Mundiais de 1962 e 1998, respectivamente; Robert Prosinecki e Zvonimir Boban foram considerados os melhores jogadores do Mundial de Sub-20, realizado em 1987, no Chile. Os seus sucessores não se ficam atrás, com Luka Modrić e Ivan Rakitić a serem dois dos melhores médios da Europa, jogando, respectivamente, no Real Madrid CF e FC Barcelona.

Figuras do passado continuam ligados ao futebol do país: Davor Šuker é agora presidente da HNS.