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UEFA Women's EURO 2013 estabelece referência

Treino de Treinadores

A Conferência de Treinadores de Selecções Femininas da UEFA revelou como o UEFA Women's EURO 2013 deste Verão resultou em desenvolvimentos no futebol feminino e quebrou recordes.

Silvia Neid fala na Conferência de Treinadores de Selecções Femininas da UEFA, em Nyon
Silvia Neid fala na Conferência de Treinadores de Selecções Femininas da UEFA, em Nyon ©UEFA.com

O UEFA Women's EURO 2013, realizado este Verão na Suécia, confirmou que alterações, desenvolvimentos e inovações operados no seio do futebol feminino continuam a levar este sector da modalidade rumo a novos níveis de excelência.

A Conferência de Treinadores de Selecções Femininas da UEFA, que tem lugar esta semana em Nyon, juntou treinadores de selecções e clubes femininos, outros técnicos de elite do futebol feminino, pertencentes aos quadros das federações, bem como observadores de outros continentes. Juntos recordaram a fase final de Julho passado, que estabeleceu novos recordes para o futebol feminino em termos de exposição mediática, e assistiu a mais evolução técnica e táctica.

"Este foi um novo passo em frente para o futebol feminino", disse o membro do Comité de Futebol Feminino da UEFA e membro do Comité Executivo da UEFA, Karen Espelund, na conferência. "O EURO atraiu 133 milhões de telespectadores. Estabeleceu um novo recorde de espectadores, quase 217.000; 74 por cento de todos os bilhetes foram vendidos. A final contou com 41.000 adeptos, com uma média de 8.676 por cada partida. Gostaria de agradecer à Suécia por ter organizado um excelente EURO este Verão."

Espelund reflectiu que o futuro do futebol feminino parece muito promissor, especialmente em relação à excelente qualidade do futebol praticado em recentes torneios jovens. Competições femininas sólidas foram postas em prática e os torneios de desenvolvimento da UEFA têm dado às raparigas experiência internacional valiosa, assumindo-se com um sucesso estrondoso.

"Vós, enquanto treinadores de selecções, trabalham arduamente, porque têm a responsabilidade de motivar clubes, estruturas de campeonatos, desenvolver caminhos", disse Espelund. "Agradeço-vos por contribuírem para o fortalecimento do futebol feminino europeu. Utilizem esta oportunidade [aqui] para aprenderem mutuamente – as selecções mais fortes também partilham sempre as suas experiências. Num jogo existe competitividade a partir do momento em que soa o apito inicial, mas fora do relvado temos força, porque somos receptivos e partilhamos coisas, e queremos desenvolver-nos."

A equipa técnica de experientes observadores que acompanhou os jogos no UEFA Women's EURO 2013 – Jarmo Matikainen, Anne Noé, Béatrice von Siebenthal e Anna Signeul – também destacou a evolução do futebol feminino. "Melhorou bastante", disse Von Siebenthal. "É muito mais atractivo, está a atrair mais e diferentes pessoas – existe mais cobertura jornalística, mais exposição mediática do que nunca, as expectativas e a pressão exterior são maiores. Já não tem apenas que ver com técnica e tácticas – também tem que ver sobre como lidar com as expectativas dentro e fora do relvado."

Os observadores técnicos notaram desenvolvimentos no que às capacidades físicas e flexibilidade táctica das jogadoras diz respeito. O torneio confirmou uma tendência estável rumo a um estilo de jogo baseado na posse de bola, com jogadas construídas desde a retaguarda e através de passes rasteiros. A força mental também foi cada vez mais importante, e talvez o aspecto mais significativo do UEFA Women's EURO 2013 tenha sido a queda de 25 por cento no número de golos marcados: 56, contra os 75 do EURO 2009. Para além dos avanços tácticos, físicos e técnicos, melhorias ao nível da forma de defender e das guarda-redes foram factores reveladores para a equipa técnica justificar essa quebra.

Um destaque especial no primeiro dia da conferência foi uma entrevista presencial com a treinadora da Alemanha, Silvia Neid – saboreando o seu mais recente título europeu, um de oito como jogadora, treinadora-adjunta ou principal. "Foi um título muito agradável de ganhar, porque tínhamos muitas jogadoras importantes lesionadas antes do torneio", explicou. Uma equipa jovem exibindo confiança, coragem e paixão, aliada à capacidade de Neid para manter uma postura calma, concentrada e analítica no banco de suplentes, ultrapassou o cepticismo inicial, em particular da comunicação social, para ganhar o título na Suécia.

Lidar com o sucesso foi o tema da última apresentação do dia, efectuada por Rasmus Ankersen, antigo jogador, autor de êxitos literários e perito em melhoria de desempenho, que disse também ser necessário tratar o sucesso cuidadosamente e reavaliar objectivos, de modo a evitar o relaxamento.

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