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Léo sonha dar título europeu ao Sporting

Cedido pelo Kairat ao Sporting, Léo fala ao UEFA.com sobre a vitória na Taça UEFA Futsal 2015 em Lisboa, de regressar a Almaty e do sonho de "ser campeão europeu e entrar na história do clube".

Léo (direita) é um dos principais trunfos do Sporting para tentar vencer a Taça UEFA Futsal
Léo (direita) é um dos principais trunfos do Sporting para tentar vencer a Taça UEFA Futsal ©Sporting CP

Emprestado pelo Kairat ao Sporting no Verão passado, Léo Mendonça – mais conhecido por Léo Jaraguá –, nascido no Brasil há 29 anos, mas internacional pelo Cazaquistão, fala num extensa entrevista ao UEFA.com, entre outros assuntos, da vitória na Taça UEFA Futsal 2015, em Lisboa – jogo no qual foi considerado o melhor em campo –, de regressar a Almaty e do sonho de "ser campeão europeu e entrar na história do clube".

O Sporting defronta o campeão Ugra na primeira meia-final de sexta-feira, a partir das 13h00 (de Portugal Continental), antes do anfitrião Kairat medir forças diante do Inter de Ricardinho, às 15h30. No domingo, jogam-se a final e o jogo de atribuição do terceiro e quarto lugares.

Como melhor marcador e melhor em campo na final, quão especial foi conquistar a Taça UEFA Futsal pelo Kairat, em 2015, em Lisboa?
Foi maravilhoso ser campeão, aqui em Lisboa, em 2015. O espectáculo que os adeptos do Sporting fizeram foi impressionante; nunca tinha visto nada igual. Em termos individuais não poderia ter sido melhor, mas de nada adiantaria se não tivéssemos conquistado o título. O facto de ter sido considerado o melhor jogador e o melhor marcador, corado com o título de campeão europeu, é um momento inesquecível que guardarei para sempre na minha memória.

Veja Léo e o Kairat derrotarem o Barcelona na final de Lisboa em 2015

Pensou sobre o ambiente que se viveu em Lisboa em 2015 quando decidiu mudar-se para o Sporting?
Sem dúvida, foi um dos factores que pesou na minha decisão. Jogar num clube com a grandeza do Sporting, com estes adeptos, é inexplicável. Só entende quem já passou por cá.

Espera o mesmo ambiente em Almaty desta vez?
Tenho a certeza de que o pavilhão em Almaty estará lotado e que os adeptos da casa vão comparecer para apoiar a equipa. O Cazaquistão aprendeu a amar o futsal. Nesse aspecto, partimos em desvantagem porque são muitos quilómetros de distância para os nossos adeptos. Mas com a força que eles têm, um só adepto do nosso clube nas bancadas fará a diferença.

Será estranho se tiver de defrontar os seus antigos colegas de equipa e de selecção em Almaty?
Será, no mínimo, diferente. Foram sete temporadas a defender as cores do Kairat, onde fui muito feliz dentro e fora de campo. Caso venha a defrontá-los será um pouco estranho, mas é algo que faz parte da nossa profissão. Vou ser profissional ao máximo, como faço sempre.

Toda a gente fala da importância de Higuita para o Kairat. Poderá dar alguma informação privilegiada para ajudar a lidar com esta táctica?
O Kairat tem conquistado vários títulos importantes nos últimos anos e, sem dúvida, um dos factores que têm feito a diferença é o facto de jogarem com o Higuita a guarda-redes avançado. Conheço muito bem o jogo deles e sei como é difícil defendê-lo. Não podemos cometer qualquer erro, porque a qualidade de jogo é muito elevada. Mas não considero que tenho informações privilegiadas, até porque as equipas que vão jogar a Final Four vão estudar-se ao pormenor.

Gostou de jogar futsal e de viver no Cazaquistão?
O futsal ainda está a crescer, mas foi o local onde eu evoluí e apareci no panorama mundial da modalidade. As competições internacionais fizeram com que o Kairat se aperfeiçoasse cada vez mais e isso tem sido bom para os jogadores. Tenho um carinho especial por aquele lugar, porque fui sempre muito bem tratado e nos momentos mais difíceis as pessoas estiveram lá para me ajudar. Posso dizer, com toda a certeza, que foi um sítio por onde gostei de passar.

Veja o Cazaquistão conquistar o bronze no Futsal EURO 2016

O que significou para a selecção nacional fazer uma carreira tão boa no UEFA Futsal EURO?
O Cazaquistão aprendeu a amar o futsal. O Kairat conquistou duas UEFA Futsal Cup num curto espaço de tempo e as pessoas começaram a ter interesse pela modalidade. Foram feitos importantes, conquistados por uma equipa que tinha 10 estrangeiros. Mas, na selecção, só eu, o Higuita e o Douglas não nascemos no Cazaquistão e no Futsal EURO, na Sérvia, em 2016, conseguimos o terceiro lugar, o que prova que o nível de jogadores cazaques aumentou. O país inteiro parou para ver a selecção. Faço muita força para que a modalidade evolua no país e o Cazaquistão se torne numa grande potência do futsal.

Está entusiasmado por regressar ao Almaty?
Estou sim, claro. Vai ser um espectáculo bonito e vai ser como jogar em casa.

Mudou-se para o Sporting por sentir que o clube pode conquistar o primeiro título europeu na modalidade?
Mudei-me para o Sporting porque é um dos melhores clubes do Mundo, quer em termos de estrutura quer em dimensão. Temos uma excelente equipa e boas hipóteses de fazer uma grande Final Four. Ser campeão europeu pelo Sporting e entrar na história do clube é um sonho.

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Quais as principais forças do Sporting?
Acredito no colectivo. Temos jogadores para todas as posições, com características muito diferentes e com qualidade. E temos uma equipa técnica muito forte, que acredito que nos colocará na melhor forma possível para fazermos uma grande Final Four.

E o que pensa das outras equipas, Inter, Ugra e, claro, o Kairat?
Tenho a certeza de que esta será a Final Four mais difícil dos últimos anos, porque todas as equipas estão muito fortes. O Inter tem atletas de renome internacional, incluindo o melhor jogador do Mundo [Ricardinho]; o Ugra tem um excelente conjunto, é agressivo a defender e tem um pivot que pode fazer a diferença [Humberto]. O Kairat tem o seu jogo com guarda-redes avançado mundialmente conhecido, possui excelentes jogadores e conta com o factor casa que ajudará muito.

O que significou eliminar o Dínamo na ronda de elite?
Podemos dizer que tivemos de passar uma final antes mesmo de chegar à Final Four. Conseguir eliminar uma equipa tão forte, com um grande orçamento e com tanta história, deu-nos ainda mais motivação para continuar a trabalhar todos os dias cada vez mais para alcançar o tão sonhado título europeu para o Sporting.

Deo (em cima) e Rodolfo Fortino festejam um dos golos do Sporting frente ao Dínamo na ronda de elite
Deo (em cima) e Rodolfo Fortino festejam um dos golos do Sporting frente ao Dínamo na ronda de elite©Sporting CP

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