Reencontro de velhos conhecidos
sexta-feira, 23 de abril de 2010
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Benfica 8-4 Luparense C/5
A equipa da casa deliciou os adeptos ao garantir o reencontro com o Interviú numa repetição da final de 2004.
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O Benfica apurou-se pela segunda vez para a final da Taça UEFA de Futsal ao bater o Luparense C/5 por 8-4 na segunda meia-final da prova, realizada esta sexta-feira, em Lisboa, num encontro em que Ricardinho e Joel Queirós, os melhores elementos em campo, bisaram. Depois de ter perdido a decisão de 2004, disputada a duas mãos, diante do então denominado Boomerang Interviú, a formação da casa vai voltar a defrontar os espanhóis no domingo, enquanto os italianos irão lutar pelo terceiro lugar com o Araz Naxçivan.
O encontro começou frenético e aos quatro minutos já se tinham marcado três golos. O primeiro nasceu logo ao terceiro minuto na sequência de um mau lançamento do guarda-redes Miguel Weber que permitiu a intercepção de Joel Queirós; o pivot colocou rapidamente o esférico em Arnaldo, este devolveu-o ao companheiro e Joel não perdoou. A resposta do Luparense surgiu célere e, de rompante, os italianos empataram por Humberto Honorio, a passe de Carlos Chilavert, momentos antes de nova intercepção de bola do Benfica, desta feita de Ricardinho, terminar com o camisola 10 a dar vantagem à formação da casa após passe de Joel.
Vampeta esteve perto do golo numa jogada individual no corredor esquerdo, mas o seu desvio à saída de Bebé saiu a rasar poste. Aos dez minutos, num contra-ataque de dois para um, o brasileiro Davi negou o golo ao compatriota Nuno, do Luparense, após defesa incompleta do guardião “encarnado. Bebé tirou a bola dos pés de Danieli e Joel deu depois expressão ao domínio benfiquista ao não desaproveitar novo roubo de bola, desta feita por César Paulo a Honorio, finalizando com um remate cruzado da esquerda.
Após o desconto de tempo pedido por Sito Rivera, o Luparense reentrou a pressionar e reduziu a diferença por Vampeta. Nuno cruzou rasteiro da direita, à segunda, e o brasileiro naturalizado italiano aproveitou a desatenção contrária para empurrar a bola sem problemas à boca da baliza, mas a segunda metade não podia ter começado melhor para o Benfica. Decorridos pouco mais de 30 segundos, uma diagonal de Joel provocou desequilíbrio na defesa do Luparense, embora para o tento, na sequência do pontapé do pivot português, tenha contribuído sobremaneira o desvio nas pernas de Arnaldo.
E foi então que chegou a magia de Ricardinho. Após ultrapassar Calvo como quis e ver Weber sair até ao limite da sua área, o ala fez um chapéu sobre o guardião que levou a bola a bater na trave e a ressaltar para os pés de Davi e este não enjeitou a oportunidade, levando delírio a imensa massa adepta “encarnada” presente no Pavilhão Atlântico.
A vantagem de três tentos fez o Benfica desacelerar o ritmo e o Luparense criou bastante perigo quando Nuno e Baptistella acertarem nos dois postes da baliza de Bebé, numa altura em que o treinador do Luparense arriscou e Calvo já jogava como guarda-redes avançado sempre que os italianos atacavam.
E A sorte voltou a bafejar o Benfica num remate de Honorio que bateu na trave e logo de seguida no poste. Com cinco minutos por jogar, Nuno fugiu à marcação e rematou para o desvio de Baptistella em cima da linha de golo, reduzindo para 6-4. Mas qualquer tentativa de recuperação foi negada logo depois, quando Joel, sempre ele, passou entre os oponentes e viu o seu remate ficar à mercê de Ricardinho que, calmamente, fez o seu segundo da noite.
Um erro defensivo de Honorio permitiu a Arnaldo mais uma explosão de alegria "encarnada" e César Paulo fez ainda o oitavo com um belo golo à saída do guarda-redes adversário, antes de um pontapé de Calvo bater em Zé Maria e entrar nas redes benfiquistas.