O UEFA.com funciona melhor noutros browsers
Para a melhor experiência possível recomendamos a utilização do Chrome, Firefox ou Microsoft Edge.

Alemanha sai de cabeça erguida

Apesar da derrota "dolorosa" da Alemanha na meia-final do Mundial, frente à Espanha, Joachim Löw diz que o sonho "está longe de acabar" para uma equipa jovem que superou as expectativas na África do Sul.

Lukas Podolski desiludido depois da derrota da Alemanha nas meias-finais
Lukas Podolski desiludido depois da derrota da Alemanha nas meias-finais ©Getty Images

Pode já não estar por perto para ver, mas Joachim Löw diz que apesar de o sonho da Alemanha em conquistar este Campeonato do Mundo ter terminado, "as coisas ainda não acabaram" para uma selecção jovem que superou as expectativas na África do Sul.

Antes da fase final, o emblemático capitão Michael Ballack, ausente devido a lesão, verbalizou o pensamento de muitos, ao sugerir que a Alemanha era muito fraca e inexperiente para ser considerada uma das favoritas a conquistar a competição, pois faltava-lhe consistência e força para superar  adversários de calibre superior. Mas na fase eliminar, quatro golos à Inglaterra e outros tantos à Argentina contaram uma história diferente, mesmo que a Espanha se tenha revelado demasiado forte para as aspirações germânicas na meia-final de quarta-feira. "Olhei para a cara dos jogadores no balneário e vi uma desilusão imensa, mas esta noite não fomos suficientemente bons", disse Löw. "A Espanha é uma selecção magnífica: que mais posso dizer?"

Na manhã desta quinta-feira, o diário Bild desabafava: "O sonho acabou", mas com uma ressalva: "De qualquer forma, vamos vencer o Mundial daqui a quatro anos". De facto, Löw fez alinhar em Durban o "onze" inicial mais jovem de sempre do país em meias-finais nos últimos 48 anos e a presença de quatro elementos que conquistaram o Campeonato da Europa Sub-21, em 2009, fez com que a média de idades baixasse para 25 anos e 299 dias. Teria sido ainda mais baixo não fosse a suspensão de Thomas Müller, de 20 anos, antes os espanhóis. O futuro, segundo muitos, parece tão brilhante quanto a camisola azul envergada por Löw ao longo do torneio, para dar sorte, e que o treinador vai doar para fins de solidariedade este fim-de-semana.

"Definitivamente, penso que podemos aprender e acumular experiência com o que passámos nesta prova", disse Löw, cujo próprio futuro permanece incerto, já que o seu contrato termina depois do jogo de sábado, de atribuição do terceiro e quarto lugares, frente ao Uruguai. "Possuímos um núcleo duro, cujo desenvolvimento só agora começou. A selecção espanhola joga junta há três anos, enquanto no nosso caso só estamos juntos há seis semanas. No futuro, vamos saber como conter a ameaça que tais jogadores representam e jogar com mais liberdade. A nossa equipa é capaz de fazer muito melhor do que aquilo que mostrou a noite passada."

Por fim, a previsão acabou por confirmar-se. Paul, o polvo "adivinho", manteve o registo 100 por cento acertado em resultados da Alemanha na África do Sul, depois de ter optado pelo triunfo da Espanha, em detrimento do seu país de adopção. Mas aqueles que têm fé no destino podem estar optimistas. Brasil e Itália conquistaram o quarto troféu do seu historial 24 anos depois do terceiro. Se aplicarmos essa fórmula à Alemanha, e acrescentarmos 24 anos em relação a 1990, isso perfaz 2014. Portanto, Brasil prepara-te.