Como a Turquia atingiu o EURO 2016
quarta-feira, 14 de outubro de 2015
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A Turquia somou apenas um ponto em três jogos e tinha reduzidas esperanças em atingir o UEFA EURO 2016 mas um golo no último minuto deu-lhe o apuramento. Então o que aconteceu?
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Há um ano, as expectativas de qualificação para o UEFA EURO 2016 da Turquia estavam praticamente descartadas. Um ponto conquistado nas primeiras três jornadas representava o seu pior início de uma fase de qualificação desde o apuramento para o Campeonato do Mundo de 1990. Contudo, exactamente 365 dias decorridos sobre o empate 1-1 diante da Letónia a Turquia logrou a qualificação para França.
Crença e experiências
“Após o jogo com a Letónia dissemos: ‘as contas fazem-se no fim’”, disse Fatih Terim. “É fácil dizê-lo agora, mas não o foi assim tão fácil na altura”. Ajudou, claro, o facto de Terim não ser um estranho em recuperações notáveis. Ele estava no comando da Turquia, na última presença em fases finais, no UEFA EURO 2008, onde três reviravoltas ajudaram a equipa a qualificar-se para as meias-finais.
Segundo Arda Turan, veterano da campanha de 2008, a crença esteve sempre presente. Após derrotar o Cazaquistão na terceira partida fora, foi o médio quem afirmou: “Já conseguimos muitas reviravoltas no passado, porque não consegui-la de novo?”. Esse espírito sustentou-os até ao último minuto contra a Islândia quando, reduzidos a dez unidades, Selçuk İnan marcou num livre directo mágico.
Defesa de aço
Terim fez também alguns ajustamentos após os três primeiros jogos, mais propriamente numa defesa que havia sofrido até então seis golos. Nas restantes sete partidas permitiram apenas mais três. Hakan Balta e Serdar Aziz formaram uma formidável dupla de defesas-centrais, o alicerce de uma equipa que terminou quatro, em cinco, jogos sem sofrer golos.
Créditos também para Volkan Babacan. Onur Kıvrak e Tolga Zengin tinham apenas um jogo antes de Terim dar ao guarda-redes do İstanbul Başakşehir, Volkan a sua primeira internacionalização no empate com a Letónia. Cresceu de jogo para jogo e após oito partidas oficiais sofreu apenas quatro golos. Nada mau para um jogador de 27 anos que há duas épocas alinhava na segunda divisão.
Arda e İnan
Hakan Çalhanoğlu e Oğuzhan Özyakup, ambos Sub-23, trouxeram um reforço jovem para a equipa mas eram Arda e İnan quem transportava as esperanças turcas. Arda fez dois golos e assistiu para três nos últimos cinco jogos, enquanto İnan, do Galatasaray, fez três tentos cruciais nas derradeiras quatro partidas da Turquia, aliados à sua confiável distribuição de jogo a meio-campo.
“Jogámos seis partidas com a corda no pescoço”, disse Arda. “Não foi nada fácil”. Mas, ainda assim, a Turquia acabou por qualificar-se.