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Alex Ferguson lamenta ineficácia

O treinador do Manchester United disse que "o Arsenal poderia ter ficado afastado da final", mesmo antes da segunda mão das meias-finais, enquanto Arsène Wenger espera ver melhorias no próximo jogo.

Arsène Wenger afirma que o seu Arsenal vai provocar problemas maiores a Sir Alex Ferguson no jogo da segunda mão
Arsène Wenger afirma que o seu Arsenal vai provocar problemas maiores a Sir Alex Ferguson no jogo da segunda mão ©Getty Images

O treinador do Manchester United FC, Alex Ferguson, acredita que a sua equipa deveria ter aproveitado melhor as oportunidades de que dispôs, depois de John O'Shea ter marcado o único golo do jogo da meia-final da UEFA Champions League, frente ao Arsenal FC. Apesar disso, o técnico admitiu que ter mantido a baliza inviolável "pode resolver a eliminatória". O escocês referiu que a sua equipa tem tendência para dificultar a própria vida, enquanto o adversário Arsène Wenger admitiu que o seu conjunto não esteve ao melhor nível, mas continua a acreditar que a situação poderá reverter-se na segunda mão, na próxima terça-feira, sublinhando: "Acredito que vai aparecer um Arsenal diferente".

Alex Ferguson, treinador do Manchester United
É claro que estou desapontado. Tivemos boas oportunidades de golo e o guarda-redes adversário fez uma ou duas defesas fantásticas. Porém, havíamos dito antes do jogo que queríamos vencer sem sofrer um golo e esse objectivo foi alcançado. A exibição foi boa e tivemos uma excelente ocasião para seguir já em frente, mas é claro que a eliminatória não terminou ainda. Sabemos que podemos marcar fora, na segunda mão. Não sofremos qualquer golo e penso que isso pode ser a chave da passagem. [Wenger] tem de permanecer confiante, pois terá ficado a pensar que teve um dia bom - eles podiam ter ficado de fora da eliminatória e continuam a poder discutir a passagem à final. Os nossos adeptos estão frustrados, poderíamos estar já na final e não estamos, mas essa é a natureza própria do clube, porque também já passámos da forma mais difícil na última eliminatória, com o FC Porto. O Arsenal teve posse de bola, mas não fez nada, porque travámos o adversário muito bem e não acho que tenha sido demérito do Arsenal, mas sim fruto do trabalho e valor dos nossos defesas. Quando jogamos concentrados somos capazes de fazer isso.

O'Shea marcou [o golo] muito bem. A bola foi desviada por um defesa do Arsenal e caiu no solo com grande velocidade, mas ele dominou-a muito bem. Foi uma boa finalização. O John é um grande profissional, nunca se queixa e está sempre satisfeito, jogue em que lugar seja. Ele sabe que não foi sempre uma primeira escolha ao longo dos anos, mas contribui para o sucesso colectivo e estamos-lhe gratos por isso. É tão versátil que consegue jogar em muitas posições e isso é uma mais-valia para nós. Esta época jogou muitas mais vezes por causa das lesões que têm havido no plantel e se me perguntassem se seria titular na final, a minha resposta seria sim.

Arsène Wenger, treinador do Arsenal
Foi um jogo difícil, disputado a alto ritmo. O United começou mais forte e se olharmos ao número de oportunidades de golo, é claro que eles tiveram mais. A parte positiva foi termos perdido apenas por 1-0. Vamos jogar em casa, acredito que vai aparecer um Arsenal diferente e que podemos dar a volta a este resultado. O futebol é mesmo assim. Pode-se disputar amanhã o mesmo jogo e o desenrolar ser completamente diferente. Temos qualidade para conseguir isso. A eliminatória está em aberto. Eles ficaram a lamentar-se por não terem marcado o segundo golo e cabe-nos a nós fazer com que eles se lamentem ainda mais.

[Manuel Almunia] esteve em excelente nível, mostrou ter classe mundial em todos os sentidos, na leitura de jogo, decisões, qualidade, concentração, enfim, volto a dizer, mostrou classe neste jogo. [Kieran] Gibbs voltou a fazer um jogo muito bom, é um lateral muito promissor. Não fomos suficientemente ofensivos neste jogo, mas após os primeiros 20 minutos o encontro já estava mais equilibrado do que alguém seria capaz de prever. Não fomos suficientemente acutilantes no último terço do terreno e defensivamente fomos muito concentrados, mas estávamos numa situação em que deveríamos ter aparecido mais no jogo. Quer isso dizer que o United pôde jogar da forma que mais gosta, em contra-ataque, e isso foi uma vantagem clara para eles. O próximo jogo é uma boa oportunidade para mostrarmos a nossa identidade e força psicológica - e acredito que isso vai acontecer. Claro que [em caso de vitória] seria a mais importante de todas porque está uma final em jogo e quando se actua em casa é preciso mostrar que se está preparado para algo tão importante. Estou confiante porque acredito que vamos estar no nosso melhor nível na próxima terça-feira e aparecerá em campo um Arsenal diferente.